O desemprego recuou na Região Metropolitana do Recife (RMR) em julho com a criação de 28 mil novos postos de trabalho. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Dieese aponta a queda de 2,3% na taxa desocupação, que passou de 17,6% para 17,2% entre junho e julho. Foram ofertadas 15 mil vagas com carteira assinada nos setores privado e público. Com o aumento dos postos de trabalho, o contingente de desempregados na região caiu de 315 mil para 311 mil. Além do bom desempenho do mercado de trabalho, a renda média dos ocupados teve incremento de 4,1%, pulando de R$ 828 em maio para 862 em junho.
O setor de serviços alavancou a geração de empregos na RMR com a oferta de 24 mil vagas em julho, concentradas nos ramos de educação, alimentação e oficina mecânica. A indústria de transformação também apresentou boa performance em especial nos setores metal-mecânico e de alimentos com a criação de 7 mil postos de trabalho. Já o comércio gerou 4 mil empregos, puxados pelo segmento atacadista de alimentos, produtos agrícolas, alimentos, cereais, hortifrutigranjeiros, pescados e bebidas.
Na contramão da maré positiva do emprego, a construção civil cortou 5 mil vagas em julho. Movimento sazonal que ocorre no período de chuvas quando são paralisadas as obras de edificações e reformas de imóveis. No segmento "outros", onde se encontra o emprego doméstico, a pesquisa do Dieese apontou a redução de 2 mil vagas. Mesmo assim, o coordenador geral da Pesquisa na RMR, Jairo Santiago, considera positivo o desempenho do mercado de trabalho. Ele destaca que 24 mil pessoas saíram da inatividade para entrar na PEA (População Economicamente Ativa), número inferior aos 28 mil postos de trabalho ofertados no período, o que gerou saldo de 4 mil empregos.
Além do saldo positivo de empregos na região, Santiago ressalta o desempenho positivo da renda do trabalhador no comparativo anual (junho-09 a junho-10). A renda média dos ocupados cresceu 11,8%, dos assalariados 5,3% e dos autônomos 24,2%. O ganho salarial real dos ocupados foi de R$ 91. Segundo Santiago, a pesquisa identifica a recuperação da renda do trabalho no país a partir dos anos 1990, com participação maior na renda nacional, passando de 46,2% em 1996 para 48,7% em 2007. Os dados são confirmados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Regiões - No conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas, a taxa de desemprego caiu de 12,7% para 12,4% entre junho e julho. Em julho de 2009, o nível de desemprego se situou em 14,8%. Com exceção de Salvador, a pesquisa comprovou o movimento de decréscimo da taxa de desocupação em Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Recife, Fortaleza e Distrito Federal.
Em julho, o número total de desempregados foi projetado em 2,72 milhões nas sete regiões, o que corresponde a 66 mil abaixo do resultado de junho. O rendimento real dos ocupados apresentou elevação de 0,5% em junho, ante maio e passou a R$ 1.265. Na comparação com junho de 2009, cresceu 3%.
Desemprego fica menor e renda sobe no Recife
27/05/2011
                        
     
             
                     
                 
                