O Gasoduto Pilar (AL)/Ipojuca (PE), que será inaugurado hoje pelo presidente Lula, vai mais do que dobrar a oferta de gás natural em Pernambuco e região. A capacidade de transporte, que hoje é de 3,5 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural, vai passar para 7,5 milhões de metros cúbicos diários. O empreendimento, cujo valor do investimento não é revelado, tem 189 quilômetros de extensão, 24 polegadas de diâmetro e vai atender os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
O gerente de Planejamento e Implantação de Logística de Gás Natural da Petrobras, Marcelo Restum, explica que esse novo gasoduto foi construído paralelamente ao já existente, o Gasoduto Pilar/Cabo (Gasalp), que entrou em operação em 1999. "Esse novo duto vai dar mais confiabilidade e robustez ao fornecimento, além de abrir novos mercados", diz.
Esse gás vai abastecer, por exemplo, a TermoPE, usina termoelétrica que consome 2,4 milhões de metros cúbicos/dia, e a Jesus Soares Pereira/Termo Açu, no Rio Grande do Norte, que tem consumo máximo de 2,2 milhões de metros cúbicos/dia. Para se ter uma ideia, a TermoPE, que opera em Suape, vinha consumindo apenas 1 milhão de metros cúbicos/dia porque não havia mais combustível disponível. Sem falar nas indústrias. Tanto a refinaria quanto a PetroquímicaSuape vão receber o produto através dessa tubulação que está interligada ao Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste (Gasene).
"Futuramente poderemos ampliar o volume fornecido, de acordo com a demanda, pois a capacidade nominal desse gasoduto é de 15 milhões de metros cúbicos/dia, e partir para a interiorização do fornecimento", completa Restum. A falta de gás natural no Nordeste vinha atravancando o desenvolvimento da região.
 
Conectado ao Gasene, o Pilar/Ipojuca poderá transportar gás natural oriundo não apenas do Nordeste (bacias de Alagoas, Sergipe e Bahia) como também do Sudeste do país (bacias de Campos e Espírito Santo), do terminal de regaseificação da Baía de Guanabara e também da Bolívia. Em função do crescimento do mercado regional,a Petrobras poderá instalar novas estações de compressão, como a que foi ampliada em Pilar.
O Pilar/Ipojuca começou a ser construído em fevereiro de 2009, gerando 8,4 mil empregos diretos e indiretos. Segundo Restum, 72% dessa mão de obra vieram dos próprio municípios cortados pelo projeto - 16 no total, sendo 11 em Alagoas e cinco em Pernambuco. O índice de nacionalização da obra ficou em cerca de 70%. "Esse gasoduto resgata a possibilidade de crescimento sustentável desse energético, alavancando a indústria e aumentando a confiabilidade operacional", concluiu Arthur Braga, gerente geral de Comercialização de Gás Natural da Petrobras. 
 
Gasoduto vai dobrar oferta de gás natural
27/05/2011
                        
     
             
                     
                 
                