PIB de PE cresce 44% em 8 anos

O Produto Interno Bruto (PIB) pernambucano registrou um acréscimo de quase 44% entre 1995 e 2008, conforme divulgou, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, o nível de participação do Estado no PIB nacional se manteve estável no período, ficando em 2,3%. No Nordeste, o percentual está próximo ao do Ceará (2%) e atrás apenas da Bahia (4%). No mesmo intervalo de tempo, a Região foi a que mais ganhou espaço na composição da economia brasileira, saltando de 12% para 13,1%. A expectativa é de que Pernambuco ocupe um lugar de maior destaque nos próximos anos.
 
“Estamos finalizando os da­dos de 2009 e 2010, quando os índices de crescimento foram mais elevados e tendem a garantir o aumento da participação do Estado. Por enquanto, os impactos são na construção civil. Setores como a indústria naval só vão aparecer nas pesquisas do próximo ano”, pontuou o diretor Executivo de Estudos, Pesquisas e Estatística da Agência Condepe/Fi­dem, Maurílio Lima. No mês que vem, serão divulgados os impactos no PIB dos grandes investimentos que chegam a Pernambuco, como a Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlân­tico Sul.
 
A maior taxa de crescimento foi a do Piauí (8,8%). Em compensação, o PIB per capita do estado ainda é o menor do País. O PIB per capita de São Paulo, por sua vez, é o segundo maior, perdendo para o Distrito Federal. Segundo o IBGE, oito estados concentram quase 80% do PIB: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Distrito Federal.
 
O Sudeste perdeu 0,4 ponto percentual em participação no PIB do País em 2008, na comparação com 2007. Em seis anos, a queda foi de 0,7 ponto percentual. Muito se deve à atuação de São Paulo, que decresceu 4,2 pontos percentuais entre 1995 e 2008. Mas a região continua sendo a que tem maior peso no PIB: 56% em 2008. Um dos fatores que contribuíram para esse movimento foi a crise em setembro de 2008 sobre o setor de intermediação financeira.