As obras do completo petroquímico em Suape estão a todo vapor. Recentemente, a PetroquímicaSuape firmou contrato com a alemã Siemens para fornecimento e montagem da subestação, encomenda de US$ 25 milhões (cerca de R$ 43,4 milhões). No canteiro de obras já trabalham 1,8 mil pessoas, número que deve subir para até 5,3 mil pessoas em março de 2010, pico da construção. A unidade de PTA, a mais adiantada, já superou a fase de terraplenagem e passa pelas fundações. Também estão sendo tocadas as estações de tratamento de água e efluentes.
O consórcio responsável pela construção do complexo é liderado pela Norberto Odebrecht. A fábrica de PTA, por ser a mais avançada, já começou a receber os primeiros equipamentos, como o reator de oxidação (coração da unidade), um secador de PTA e outro de ácido teraftálico cru, turbinas e compressores.
O complexo petroquímico de Suape é uma das prioridades do plano estratégico da Petrobras para o período 2009-2013, tendo sido incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Originalmente, eram apenas uma planta de PTA e outra de fios de poliéster, que tinham como sócios a Petroquisa e a Vicunha Têxtil. Em outubro de 2008, a Vicunha decidiu se retirar do negócio.
Desde então, a Petroquisa resolveu fazer também uma fábrica de PET, reuniu os projetos e está em busca de um outro parceiro privado. As negociações continuam em andamento. A Reliance, da Índia, é um dos grupos cortejados. Até agora, ficou acertada apenas uma cooperação técnica com os indianos.
A unidade de PTA irá produzir 700 mil toneladas por ano do produto, principal matéria prima da unidade de polímeros e filamentos de poliéster e também da fábrica de PET. A de polímeros e fios (FDY, DTY e POY) terá capacidade para produzir 240 mil toneladas/ano. Já a de PET irá produzir 450 mil toneladas/ano de resina destinada à fabricação de embalagens plásticas. A estruturação de uma cadeia nacional de poliéster vai ajudar o país a economizar US$ 1 bilhão por ano, hoje gastos com a importação de matéria prima para os segmentostêxteis, de fibras industriais e de embalagens PET.
Da redação - Diario de Pernambuco