Ambiente favorável provocado pelos grandes investimentos estimula os empresários locais
Em todo o mundo, o assunto predominante é a crise global. Em Pernambuco, no entanto, o otimismo que encontrou seu ápice no ano passado - com a consolidação de investimentos em obras empreendedoras -, continua.
Prova disso são os números que revelam que o estado deve crescer acima da média nacional. Economistas acreditam que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco - soma das riquezas produzidas no estado -, em 2009, deve se situar na faixa de 5%, quase o dobro da taxa esperada para o país, que é de 3%.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, de 1997 a 2005, a taxa de crescimento econômico de Pernambuco superou a brasileira em seis dos nove anos. No mesmo período, enquanto o Brasil registrou uma taxa média de crescimento de 2,45% e o Nordeste alcançou 2,42%, Pernambuco cresceu em média 3% ao ano. Essa recuperação a partir da metade da década de 90 reflete a ampliação dos investimentos em Suape e a duplicação da BR 232.
"Enquanto a crise começa a chegar ao Brasil, em Pernambuco os projetos estão germinando. O investimento no polo petroquímico, no Estaleiro Atlântico Sul, na Refinaria Abreu e Lima e nas empresas lá instaladas vai continuar. Por conseguinte, conseguem lucrar os empreendedores que passam a fornecer para esses grandes empreendimentos e investir no mercado interno", avalia o sócio-diretor da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), Jorge Jatobá.
Impulsionados pelos grandes projetos estruturadores, muitos micro-empresários do interior e da capital estão conseguindo ver no furacão financeiro global oportunidades de lucrar no mercado. A ousadia, segundo os economistas, é essencial para os que querem conseguir um lugar ao sol neste período de turbulência mundial.
"O micro-empresário não investe em bolsa de valores, nem em capital de risco. Logo, para a crise chegar a estas empresas é mais difícil. Em 2009, o cenário para os pequenos empreendedores é excelente. Os que se adaptaram às exigências atuais já estão abocanhando uma fatia desse mercado", sintetizou José Tarcísio da Silva, presidente da Federação das Associações de Microempresas e Empresas de pequeno porte (Femicro) e consultor da Confederação Nacional da Microempresa (Conmicro).
Nas páginas seguintes, o Pernambuco Que Dá Certo detalha os segmentos que mais cresceram nos últimos meses e que devem gerar emprego e renda nos próximos anos. O objetivo é mostrar ao leitor-empreendedor como é possível dar certo com boa gestão, ousadia e avaliação da área onde vai atuar.
Otimismo no estado
15/07/2011