PE terá 1ª escola de polímeros têxteis

Unidade será dedicada exclusivamente para a formação de mão de obra para o segmento e deverá funcionar dentro de um ponto do Senai. Expectativa é tornar setor mais competitivo no Brasil

A Petroquímica Suape, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Prefeitura de Ipojuca estão negociando a criação de uma unidade de ensino têxtil de poliéster em Pernambuco. A escola será a primeira do Brasil dedicada especificamente para esse segmento e deverá funcionar dentro de uma das unidades do Senai no Estado.


A unidade será instalada na esteira do empreendimento da Petroquímica Suape, que terá uma unidade com capacidade para produzir 170 mil toneladas de polímeros. “A previsão é que a escola comece a funcionar no segundo semestre de 2010, junto com a operação das plantas petroquímicas”, afirma o diretor Corporativo da companhia, Maurício Santiago Pimentel.


O executivo diz que num primeiro momento a unidade de fios sintéticos deverá importar mão de obra de outros estados, mas passará a utilizar o pessoal local depois da qualificação realizada pela escola de polímeros têxteis. “Hoje, o município de Americana (em São Paulo) tem um bom número de profissionais qualificados nessa área”, destaca.


Atualmente, o Senai já dispõe de uma boa estrutura de formação profissional na área têxtil, montada na escola do município de Paulista. Recentemente, a unidade passou por uma reformulação para atuar também na área química. O Senai tem acompanhado todo o processo de evolução da indústria pernambucana, a partir da chegada dos projetos estruturadores e tem adaptado sua estrutura para oferecer cursos de capacitação dentro das novas necessidades do Estado.


O diretor da Petroquímica Suape ressalta que a escola será mais um componente na tentativa de tornar o Brasil mais competitivo na produção de poliéster. “O complexo que estamos instalando em Pernambuco vai incentivar a cadeia têxtil. Hoje, o Brasil ainda tem um baixo consumo de têxteis sintéticos e importa bastante da China e da Índia. Com a produção em Suape vamos substituir importações anuais da ordem de US$ 1 bilhão”, calcula. Atualmente, o Brasil tem capacidade de fabricar 175 mil toneladas de polímeros por ano, mas em função da baixa competitividade só produz 95 mil e importa outras 130 mil toneladas.


Além da fábrica de polímeros têxteis, a Petroquímica Suape também terá uma unidade de PET (para a fabricação de garrafas) e outra de PTA (matéria-prima do PET), totalizando investimento de R$ 4 bilhões.timento de R$ 4 bilhões.