Verba será para construção de complexos que abrigarão companhias logísticas
A GL Empreendimentos, do empresário Gerson Lucena, pretende investir cerca de R$ 400 milhões na construção de dois complexos para abrigar empresas de logística. Em Jaboatão dos Guararapes, onde já estão sendo aplicados metade dos recursos, as obras estão a pleno vapor e três grupos asseguraram instalação, o que já provocará a geração de 150 empregos. A área de 150 mil metros quadrados do empreendimento deve ser totalmente ocupada em até cinco anos. Outro condomínio do mesmo valor será erguido no Cabo de Santo Agostinho e as obras terão início ainda este ano.
Os galpões são construídos pela GL, que procura clientes para ocupá-los. No entanto, existem situações especiais, quando o cliente quer um imóvel diferente, ficando mais isolado do complexo ou sem ter gastos com construção. “Nesse caso, firmamos um compromisso para que ele fique no local por um período mínimo de, geralmente, dez anos”, explicou o gerente de Desenvolvimento de Negócios da empresa, Luiz Augusto Almeida. Firmaram convênio até o momento a Martins Transportes, especializada na movimentação de máquinas industriais, a Nortel, distribuidora de materiais de manutenção, e a Vianet, que trabalha com tecnologia.
O complexo que será implementado no Cabo terá uma área maior, de 500 mil metros quadrados, mas apenas 200 mil metros serão construídos. A intenção é aproveitar a proximidade com o Porto de Suape. “Enquanto isso, Jaboatão está numa região privilegiada para o ramo de distribuição e logística, tendo várias cidades em 20 quilômetros de seu entorno”, ressaltou Almeida. No município jaboatonense, a expectativa é fechar com cerca de 16 empresas até o final do ano. O número das unidades varia de acordo com os imóveis definidos pelos empreendimentos.
Com o objetivo de consolidar e atrair esses investimentos, vigora desde o início deste ano uma lei sancionada pelo prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, que isenta empresas de logística do chamado Imposto Sobre Serviços (ISS). “A gente percebeu que era necessário exonerar a etapa da construção dos centros de distribuição, que geralmente custam caro. Essa é uma das razões que fizeram a ZPE (Zona de Processamento de Exportação) de Suape ser instalada na cidade”, pontuou o gerente de Fomento para Atividades Econômicas do município, Gustavo Veiga. A ZPE aguarda apenas a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Jaboatão ainda reduz o IPTU para empresas de logística e de serviços.
Distribuidora de aço pode chegar ao Estado em 2011
Pernambuco poderá ser o destino de uma fábrica distribuidora de aços e metais. A GGD Metals - grupo paulista que surgiu através da fusão das empresas RCC, Domave e Açometal - anunciou que pretende implantar uma indústria no Nordeste a partir de 2011. Ceará e Bahia também disputam o empreendimento, que terá um investimento de R$ 6 milhões e criará entre 40 e 50 empregos diretos, sem contar as vagas geradas na construção civil. No fim de fevereiro, o diretor geral da GGD, André Dias, virá a solo pernambucano só para conversar com a Secretaria de Desenvolvimento e analisar com maiores detalhes as potencialidades do Estado. Inicialmente, Pernambuco pode despontar com um certo favoritismo por contar com uma boa localização. Jaboatão dos Guararapes seria uma das cidades sondadas.
“O Ceará é um pouco inviável logisticamente, pois fica mais distante da Bahia. Já Pernambuco fica localizado entre os dois estados. E a Bahia, por ter um polo muito forte em Camaçari, desfruta de uma grande demanda”, explica Dias. De acordo com ele, seria viável a construção de uma unidade na Bahia porque é menor a produção de aço e metal no Ceará. Do contrário, o envio dos produtos teria que ocorrer por intermédio de São Paulo, o que não acarretaria em nenhuma mudança prática e mais econômica.
As intenções da GGD em ampliar para o Nordeste vêm de longa data, desde os primeiros anúncios do forte desenvolvimento naval prometido para a Região. Hoje, já existe o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) praticamente instalado no Complexo Industrial Portuário de Suape e obras gigantes, como a Refinaria Abreu e Lima, sendo construídas. Aliás, os principais clientes da GGD Metals no Nordeste são do setor da indústria de linha branca, indústria naval, automobilística, transformação de plástico e moldes.
Empresa investirá R$ 400 mi em PE
07/06/2011