Ferrovia // Lula virá ao estado em março para, ao lado de Dilma, vistoriar os trabalhos
O governo federal quer acelerar as obras da ferrovia Transnordestina. Até o fim do mês deverão ser iniciados os trabalhos em cinco trechos dentro do território pernambucano.
São os lotes 3 e 4 do trecho de 133 quilômetros entre Serra Talhada e Arcoverde, cujas frentes serão abertas já na próxima semana; os lotes 6 e 7, que juntos somam 94 quilômetros entre Pesqueira e Belém de Maria; e o lote 2, que vai de São José do Belmonte a Serra Talhada, com extensão de 54 quilômetros. No segundo semestre, durante o pico das obras, está prevista a geração de sete mil empregos diretos.
Os detalhes foram divulgados ontem, após a primeira reunião de monitoramento da Transnordestina, realizada em Brasília. Comandado pelo presidente Lula, o encontro contou ainda os as presenças dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes), além de representantes da Transnordestina Logística (antiga Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN), da construtora Odebrecht e dos governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, e do Piauí, Wellington Dias.
"A ideia é que tenhamos, até junho, todos os trechos da Transnordestina a plena carga, desde Eliseu Martins até Suape", disse Eduardo em nota enviada à imprensa. Na reunião, ficou acertado que Lula virá ao estado em março para, ao lado de Dilma, vistoriar as obras da ferrovia em Pernambuco e no Piauí. Antes, Lula fará sua primeira parada do ano em Pernambuco no próximo dia 27, para inaugurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paulista e para participar de uma homenagem às vitimas do holocausto na sinagoga Kahal Zur Israel, no Recife, a primeira das Américas.
A nova Transnordestina, uma das prioridades de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um projeto de R$ 5,4 bilhões. Sua construção foi iniciada por Lula em junho de 2006 em Missão Velha, no Ceará, mas vem sofrendo atrasos no cronograma. Quando pronta, fará a ligação de Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE), através de 1.730 quilômetros de trilhos. Deverá escoar a produção de grãos, gesso, avicultura e agricultura irrigada do semiárido.
De Suape, os produtos poderão seguir de navio para outros países ou mesmo por trem para o Sudeste do país, uma vez que a ligação com a Ferrovia Centro-Atlântica, que corta Segipe, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, está sendo restabelecida. É que a Linha Sul da antiga Malha Nordeste, destruídas pelas enchentes em 2000, foi recuperada e deve voltar a operar em abril. Com 560 quilômetros, vai do Cabo de Santo Agostinho a Porto Real do Colégio (AL), cortando 10 municípios pernambucanos. As obras, iniciadas em 2007, acabaram sendo incluídas no projeto da nova Transnordestina.
Governo quer acelerar as obras da Transnordestina
06/06/2011