A fábrica de fios texturizados do Complexo Petroquímico de Suape já começou a receber os primeiros equipamentos. Na semana passada chegaram oito de um total de 64 máquinas que vão fazer os fios FDY, DTY e POY.
As fundações do galpão também estão em curso. Mais de 2,6 mil trabalhadores estão no canteiro de obras do complexo que, além da fábrica de fios, conta ainda com uma planta de PTA e outra de PET. A expectativa é que, em março, no pico das obras, esse número chegue a 5,3 mil pessoas.
Segundo o gerente de Comunicação e Relações Externas do complexo, Augusto Franklin Caldas, as três primeiras máquinas de texturização entrarão em fase de testes em junho. "Elas passarão por ajustes até dezembro, quando termina a montagem de todos os equipamentos", afirma.
A fábrica de PTA também passa pela fase de montagem dos primeiros equipamentos, como os cristalizadores. "É a mais adiantada, mas também a mais complexa. Por ser um projeto integrado, também não adianta aplanta de PTA entrar em produção se a de PET não tem condições de receber a matéria prima", observa Caldas. O PTA - sigla para ácido tereftálico purificado - é a matéria prima da fábrica de PET.
O complexo representa um investimento estimado de R$ 4 bilhões da Petroquisa, subsidiária da Petrobras. Na sexta-feira, a Petrobras anunciou que está ampliando sua participação na Braskem. O acordo assinado com Odebrecht, Braskem e Unipar também sacralizou a aquisição da participação da Unipar na Quattor, uma operação que movimentará R$ 870 milhões, formando a maior petroquímica da América Latina.
No mesmo dia foi celebrado um acordo de associação indicando que a Braskem assumirá gradativamente sua participação nas sociedades que desenvolvem os projetos de PET, PTA e fios de poliéster em Suape, incluindo ainda uma participação no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A proposta de incorporação da Braskem, entretanto, só será fechada após um período de 120 dias de avaliação.
Líder - A Braskem, líder no mercado doméstico de PVC, tem 18 unidades localizadas na Bahia, Alagoas, Rio Grande do Sul e São Paulo. Franklin Caldas comenta que a entrada da empresa nada muda no projeto de Suape, uma vez que a PetroquímicaSuape tem recursos e mantém a obra dentro do cronograma previsto.
"Vamos continuar tocando o projeto como antes. De qualquer forma, se a operação com a Braskem for consolidada, estaremos realizando um desejo antigo que é ter um sócio privado", disse. Inicialmente, a Petroquisa tinha como sócia a Vicunha, controladora da Companhia Têxtil Integrada do Nordeste (Citene), mas o negócio foi desfeito em outubro de 2008.
Complexo Petroquímico // Obras a todo vapor
02/06/2011