Suape mais próximo de Roterdã

Dando segmento ao plano de promover o Complexo Industrial Portuário de Suape no exterior, uma comitiva viajará em fevereiro para a Holanda, onde está localizado o Porto de Roterdã - maior zona portuária da Europa e que contribui para a elaboração do novo Plano Diretor de Suape. Nesse caso, a intenção é estreitar as relações com a administração holandesa, haja vista o novo trabalho de consultoria que está sendo iniciado. Através de dispensa de licitação, o Complexo contratou o grupo europeu para fazer um Plano de Negócio visando estratégias comerciais.

“Dentro do desdobramento da discussão de um novo Plano Diretor que estaremos finalizando em março, contratamos essa consultoria internacional para aprofundar mais especificamente os mercados de Suape em termos de atração, competitividade como concentrador de cargas. Roterdã tem um trabalho igual em outros portos do mundo, em Omã, na Arábia Saudita. Fecharemos esse contrato até o final de abril”, destacou o vice-presidente de Suape, Sidnei Aires. O serviço desse estudo deverá ser concluído em pouco mais de quatro meses e custará R$ 575.214. Atualmente, os holandeses são considerados um dos maiores em movimentação de cargas - tanto em volume, como em diversidade.

AIS E VTS

Os dois sistemas de monitoramento de tráfego de navios (AIS e VTS) sofrerão atraso para serem implantados no Porto de Suape. Por se tratarem de modelos modernos que vão acompanhar o tráfego e as manobras dos navios que estejam nas proximidades do Complexo Industrial, há poucas empresas com experiência para assumir esse trabalho. Tanto é que apenas duas se colocaram para disputar a concorrência - EBCO e a IESSA. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendou que Suape revogasse o certame inicial e lançasse outro admitindo consórcio e expandindo sua área de interesse para fora do País. “Os maiores portos do mundo é que possuem essa tecnologia. Com isso, também vamos conseguir baixar os gastos”, esclareceu o presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), Miguel Moura. Hoje, o valor do projeto está em R$ 1,725 milhão. Sidnei Aires afirma que a ideia é publicar outro edital em 30 dias.