Minerva deve ser reativada até 2010

 A Ondunorte planeja reativar, até o início de 2010, a antiga fábrica de papéis da Minerva, no bairro de Beberibe. Parte da massa falida, relativa à fabricação de papel, foi adquirida através de leilão. A outra parte, a da fábrica de papelão, foi arrematada pela Cia. Industrial de Papéis de Pernambuco (Ciper), pertencente ao mesmo grupo da Ondunorte. Essa já está funcionando em um turno. A expectativa é a de que sejam gerados 300 novos empregos nas duas plantas.

 

"Estamos reestruturando as antigas instalações, que estavam em total estado de abandono, colocando novos equipamentos etc. Nosso objetivo é torná-las novamente produtivas e eficientes", detalhou o diretor comercial da Ondunorte, Sérgio Pontes. A planta de papel vai produzir três mil toneladas por mês de papel miolo, liner e maculatura. Os dois primeiros são utilizados por indústrias de papelão, como a própria Ciper. Já o maculatura atende a indústrias de tubetes de papelão.

 

Para Pontes, a operação da nova fábrica vai garantir mais sinergia e ganho de escala ao grupo. Juntas, as duas plantas ocupam um terreno de 20 mil metros quadrados. "Temos no Nordeste, e especialmente em Pernambuco, um cenário bastante favorável. Se a economia cresce, cresce também a demanda por papéis e embalagens de papelão", avalia o executivo.

 

Fundada em 1951, a Minerva S.A. tinha cerca de 800 empregados quando fechou. Sua falência foi decretada em 1996, em função dos débitos contraídos junto a credores como Bandepe, Banorte, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Celpe, Fazenda estadual e federal. Os bens remanescentes da massa falida foram avaliados em R$ 3,16 milhões e o maior lance, de R$ 1,54 milhão, foi dado pela Ondunorte em leilão realizado em 2004 no Recife. Incluindo instalações, equipamentos e área física, leiloados posteriormente, a massa falida estava avaliada em R$ 13 milhões. Em Pernambuco, a Minerva foi pioneira na fabricação de celulose, papel e papelão ondulado.