A instalação de um terminal de regaseificação de GNL (gás natural liqueito) em Suape voltou à pauta do governo do estado. Tudo porque, segundo o presidente da Copergás, Aldo Guedes, a Petrobras quer mesmo operar a Refinaria Abreu e Lima usando o produto como combustível. Ele afirmou que o presidente da Refinaria, Marcelino Guedes Gomes, vai oficializar nos próximos dias a solicitação para que a companhia forneça dois milhões de metros cúbicos/dia.
"Esse é um volume para viabilizar o início das operações, em 2010", disse Aldo Guedes. Segundo ele, a idéia de montar um terminal de GNL em Suape para fornecer o gás nunca foi totalmente descartado pela direção da Petrobras. Um projeto como esse custa pelo menos US$ 500 milhões. Questionado sobre a possibilidade da obra não ser concluída a tempo para suprir a Abreu e Lima, o presidente da Copergás lembrou que a refinaria poderá queimar nafta (derivado ela própria vai produzir também).
Orçada em US$ 4,05 bilhões, a refinaria terá capacidade para processar 200 mil barris de petróleo por dia. Atualmente está sendo feita a terraplenagem da área do empreendimento. A Abreu e Lima deve entrar parcialmente em operação no segundo semestre de 2010. Ainda segundo Aldo Guedes, representantes da Petrobras estiveram reunidos com o presidente da Ad-Diper, Jenner Guimarães, há cerca de 20 dias para discutir a localização do píer para os petroleiros.
"Com esses dois milhões de metros cúbicos, o faturamento da companhia pode chegar a R$ 1 bilhão", destacou o presidente da Copergás, lembrando que o faturamento de 2008 será recorde. O ano ainda não acabou, mas a previsão é de chegar a R$ 420 milhões. De acordo com o diretor técnico e comercial da empresa, Jailson Galvão, o crescimento será de 37,2% na comparação com os R$ 306 milhões de 2007. O lucro líquido também será recorde (acima de R$ 45 milhões).
Como o orçamento para 2009 já foi aprovado pelo conselho, lembrou Aldo Guedes, ele já poderá ser executado a partir do próximo mês. O volume de recursos para investimentos também será recorde: R$ 44 milhões. Parte desse dinheiro irá para expansão do segmento residencial, que hoje conta com uma carteira de apenas 800 unidades habitacionais. A meta para 2009 é de ampliar esse número em 5 mil. "A partir de 2012, esperamos chegar às 12 mil unidades por ano", disse Jailson Galvão.
Refinaria deve usar gás natural
18/07/2011