Secretário cobra verbas para obras de Suape

O que o ministro dos Portos, Pedro Brito, ouviu ao visitar o estande do Porto de Suape na Intermodal (uma das maiores feiras de logística das Américas), realizada entre os dias 14 e 16 deste mês, foram cobranças de recursos para investimentos em curso no Complexo Portuário pernambucano. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho, disse ter pressionado o ministro no breve encontro que tiveram durante a feira, que aconteceu em São Paulo.


Na lista de cobranças, verba para a conclusão do Cais 5 e da TDR-Sul (uma das principais estradas do Porto), o lançamento do edital das obras de dragagem e reforço dos cabeços dos arrecifes, que devem viabilizar o píer petroleiro da refinaria. “O ministro foi muito atencioso, nós estamos aguardando que nos próximos dias possamos não só receber recursos como também ver nosso edital publicado para que as obras sejam iniciadas”, disse Bezerra Coelho.


Sobre a dragagem do Porto de Suape, o ministro Pedro Brito demonstrou empenho. Orçada em R$ 253 milhões, a obra está emperrada desde meados de março no Congresso Nacional. “Os recursos já estão reservados, estão previstos orçamento do PAC, mas a legislação só permite que seja colocado na praça a licitação depois que o Congresso aprovar o orçamento. Estamos na expectativa, achamos que não passa do mês de maio, embora possa ser antecipado. E mesmo que a gente lance o edital no último dia de maio, ainda assim a previsão é concluir a obra no próximo ano”, garantiu Brito.


A feira em São Paulo serviu ainda para que o secretário de Desenvolvimento Econômico articulasse possíveis colaboradores na implantação de um novo estaleiro em Suape. “Fizemos contatos nessa direção, que de certa forma, reforça nossa expectativa positiva de, até o final desse mês, poder confirmar o interesse desses empreendedores”, revelou.


O secretário também falou sobre os impasses na construção de um segundo terminal de contêineres no Porto de Suape. Segundo ele, a indústria de navegação sofre com efeitos da crise financeira, a exemplo da redução na movimentação de cargas, portanto, Suape deverá refazer os estudos para confirmar a possibilidade do segundo terminal.