Emprego na indústria cresce em agosto

Após oito meses de retração, o emprego industrial ficou estável em julho e voltou a crescer em agosto, de acordo com a CNI. O aumento foi de 0,7% em relação ao mês anterior. Em relação à massa salarial, no entanto, houve retração, com queda de 3,3% na comparação com julho, a maior da série histórica iniciada em 2006. Por outro lado, os indicadores de vendas e de utilização da capacidade instalada seguem em recuperação, diminuindo a diferença em relação ao período pré-crise.


O resultado relativo ao emprego ainda deixa a ocupação nos pátios das fábricas longe do cenário pré-crise. Em agosto do ano passado, o número de empregados na indústria era 4,5% maior. Além disso, segundo o gerente-executivo de Política Econômica da entidade, Flávio Castelo Branco, a melhora do indicador não significa um resultado disseminado em todos os setores. “As novas contratações não estão ocorrendo necessariamente naqueles segmentos que mais demitiram durante a crise”, explicou, ressaltando que a recuperação industrial tem se apoiado na dinâmica do mercado interno.


Apesar de ainda ter queda de 4,5% em relação a agosto do ano passado, para o gerente-executivo de política econômica da CNI, Flávio Castello Branco, o nível de emprego foi o mais importante entre os indicadores divulgados pela entidade, especialmente porque foi a primeira alta na evolução mensal do indicador no ano.


Agosto mostrou uma situação diferente do que previa a CNI. A entidade esperava que as horas trabalhadas na indústria cresceriam, puxando o emprego em seguida. Mas o que ocorreu foi uma alta do emprego e uma queda nas horas trabalhadas. As horas trabalhadas caíram 1,3% em agosto em relação a julho. Com ajuste sazonal, as horas trabalhadas recuaram 0,2%.

 

Da redação - Folha de Pernambuco