Investimentos da Petroquímica

A Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) concluiu as negociações para compra do uso de tecnologia e equipamentos da unidade de produção de polímeros e filamentos de poliéster. A japonesa TMT fabricará o maquinário de fiação e texturização, um contrato de US$ 142,3 milhões (R$ 337,2 milhões). Já a alemã Lurgi Zimmer fornecerá os equipamentos de polimerização, por US$ 39,8 milhões (R$ 94,3 milhões). No total estão sendo investidos US$ 182,1 milhões (R$ 431,5 milhões) e os primeiros itens começam a ser entregues em outubro deste ano.

 

As negociações com as duas companhias internacionais implicam na aquisição de 83 máquinas, sendo 64 para produção de fios texturizados (DTY), 16 para POY, duas para o FDY e uma para o processo de polimerização. A unidade de filamentos de poliéster está orçada em R$ 1 bilhão e está em fase de terraplenagem no Complexo Industrial Portuário de Suape. É um dos três braços do complexo petroquímico, que conta ainda com uma unidade de PTA, já em processo de construção civil, e outra de resina PET, também em terraplenagem. O investimento total no empreendimento é de R$ 4 bilhões.

 

A fábrica de PTA, cujo estágio é o mais avançado, deve começar a receber os primeiros equipamentos, que já foram todos comprados, no próximo mês de maio. "Agora estamos em fase final de negociação para a compra dos equipamentos da planta de PET", revela o gerente de comunicação e relações externas da PetroquímicaSuape, Augusto Franklin Caldas. Segundo ele, todos os equipamentos são de última geração.

 

O Complexo Petroquímico de Suape, assim como a Refinaria Abreu e Lima, é um dos projetos prioritários do Plano Estratégico da Petrobras para o período 2008-2013. A previsão é a de que as unidades entrem em operação no segundo semestre de 2010. A primeira a ser iniciada é a de filamentos de poliéster, em julho do ano que vem.

 

"Ainda neste mês de março vamos licitar um estudo de engenharia para integrar fisicamente as três unidades,que foram concebidas separadamente. É possível que a gente consiga muita sinergia a partir da unificação de áreas como a administrativa, armazenamento e logística", comenta Caldas.

 

As três plantas foram reunidas em um único projeto em janeiro, depois que a Vicunha Têxtil, então sócia do projeto, decidiu retirar-se do negócio em outubro de 2008. Desde então a Petroquisa, subsidiária da Petrobras na área química, está em busca de um outro parceiro. A Reliance, da Índia, é um dos grupos cortejados. As negociações continuam em andamento. Até agora, ficou acertada apenas uma cooperação técnica para construção e montagem do complexo.

 

O PTA é a principal matéria-prima para a produção de poliéster, utilizado na fabricação de tecidos, embalagens PET e outros produtos industriais. A unidade de polímeros e filamentos de poliéster terá capacidade de 240 mil toneladas/ano e, a planta de PET, de 450 mil toneladas/ano. Como a produção de PTA será de 640 mil toneladas, restará ao mercado cerca de 77 mil toneladas/ano do produto.