LUANDA, ANGOLA - O pontapé inicial para estreitar as relações comerciais entre empresários nordestinos e angolanos foi dado ontem. Mais de 40 angolanos, representantes de empresas de diversos ramos, do governo nacional e da província de Luanda prestigiaram o Seminário Oportunidades de Negócios, Investimentos e Cooperação com o Nordeste do Brasil, no Hotel Trópico, em Luanda. Promovido pela Federação do Comércio do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), o evento foi aberto pelo embaixador do Brasil em Luanda, Afonso Cardoso.
De acordo com Cardoso, em 2002, o comércio exterior entre os dois países ficou em US$ 200 milhões. No ano passado, esse número saltou para US$ 4,3 bilhões. “Até 2012, a Petrobras investirá US$ 3 bilhões em Angola. Após o Brasil, é o primeiro país com maior intensidade de prospecção da estatal”.
Cardoso acrescentou dois pontos importantes para serem discutidos: capacitação, formação e aperfeiçoamento de pessoal e a diversificação da economia angolana. “Do lado brasileiro, a preocupação é agregar valor à nossa economia, como exportadores e produtores de bens para o desenvolvimento econômico e social”.
O presidente da Fecomércio, Josias Albuquerque, ficou responsável por mostrar as oportunidades de negócios em Pernambuco e exibir o potencial de Suape. O governador do Estado, Eduardo Campos, não pode comparecer por conta da visita do presidente Lula a Pernambuco nesta semana. Campos participou das duas últimas missões promovidas pela entidade, na Índia e na China.
Albuquerque citou os projetos estruturadores do Estado, como transposição, Transnordestina, Estaleiro Atlântico Sul, Refinaria Abreu e Lima, polos Farmoquímico e de Confecção do Agreste, bem como a instalação da Perdigão e da Sadia. “Suape é o carro chefe do nosso desenvolvimento. Daqui a dez anos Pernambuco estará totalmente diferente”. Todas as oportunidades foram salientadas pelo ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado e hoje consultor, Cláudio Marinho, sobretudo o Porto Digital.
Da redação - Folha de Pernambuco