Neotextil criará 1.170 empregos

Com investimento de R$ 700 milhões, fábrica vai se instalar em Paulista

Pernambuco será o destino da nova fábrica da Neotextil. O empreendimento, que irá gerar 1.170 empregos diretos até 2012 e conta com um investimento total de R$ 700 milhões num terreno de 20 hectares localizado em Paulista, foi anunciado ontem. A indústria fabrica e desenvolve tecidos para grandes marcas, a exemplo da Nike e da Puma, chegando a fornecer produtos para a seleção brasileira de futebol.


“É um momento muito importante para nós porque o grupo responderá por 25% da produção na Petroquímica Suape”, destacou o governador Eduardo Campos, durante entrevista coletiva concedida no Palácio do Campo das Princesas.
Campos também explicou que a Neotextil estava vislumbrando a implantação da unidade na Guatemala, mas aceitou vir para terras pernambucanas por conta dos incentivos fiscais, localização e mão de obra previamente treinada, já que Paulista aportou diversas empresas do setor.


A unidade fabricará tecidos de camisas, meias, shorts, agasalhos e os venderá no mercado interno, além de exportar para potenciais compradores como os Estados Unidos (as exportações ocorrerão via Suape). Hoje, a tecnologia do grupo permite a criação de 252 tipos de tecido inovadores.


“Apostamos na ampliação da demanda principalmente por causa da Copa do Mundo de 2010 e da Copa de 2014, que será realizada no Brasil. Na primeira fase de instalação, no segundo semestre de 2010, vamos gerar 700 vagas de trabalho diretas e recursos de R$ 150 milhões. A segunda fase se dará em 2012”, disse o presidente da Neotextil, Sérgio Ibri, informando que a produção é de 1 milhão de metros por mês. O grupo é recente, contando com seis anos desde a sua fundação e possuindo um centro de logística e distribuição situado na unidade fabril de Americana, em São Paulo.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) já recebeu uma carta consulta do Governo do Pernambuco requerendo financiamento para o negócio. Através do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe) serão concedidos incentivos fiscais para a empresa.


Com o novo empreendimento, a Neotextil terá uma força significativa no mercado de tecidos, competindo diretamente com rivais asiáticos. Mesmo no período de colapso financeiro, a indústria cresceu a contento, registrando R$ 48 milhões de lucro em 2008 e com estimativa de alcançar R$ 77 milhões neste ano. “A melhor coisa para nós foi a crise. Os concorrentes da Ásia ficaram desacreditados e abriram espaço”, comemorou Sérgio Ibri.