O governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, apresentou o resultado de um estudo que mapeia as necessidades de grandes empresas instaladas nos municípios de Glória do Goitá, Pombos e Vitória de Santo Antão. Além de apresentar as oportunidades de negócios para os fornecedores locais, o secretário Márcio Stefanni Monteiro reafirmou a disponibilidade para diálogos com os gestores municipais.
“Seguimos à risca a meta do governador Eduardo Campos, que é a interiorização do desenvolvimento. O estudo deixa claro que os impactos positivos desses empreendimentos já são sentidos”, afirmou. Segundo os dados levantados pela empresa Dados Informações e Pesquisa (DIP), as indústrias locais instaladas desde 2009 colocam em circulação, mensalmente, R$ 4.339.360,00. “Esses investimentos geram, além do impacto direto, uma boa contribuição na economia local”, explicou a diretora da DIP, Sônia Jerônimo.
Usando dados do IBGE 2006 como ano base, no qual se tem 100%, é possível verificar, em 2010, uma variação positiva de 87,8 pontos percentuais nos salários e outras remunerações. Em relação à ocupação de pessoal assalariado, variação é de 24,5 pontos percentuais. Os dados corroboram a intenção do secretário. “Os investimentos precisam estar nos municípios, mas os municípios também precisam estar nesses investimentos. A riqueza gerada deve ficar em Glória, Pombos e Vitória”, ponderou.
Sônia mostrou que os gastos mais comuns provenientes do dinheiro colocado em circulação é com Habitação (34,5%), Alimentação (20,5%) e Transporte (9,6%). Todos as 12 empresas que fizeram parte do levantamento foram uníssonas ao garantir que o governo estadual criou a situação necessária para que elas se instalassem aqui. “Quando enviamos o projeto, recebemos a resposta em dois dias. Isso nunca havia acontecido antes. Viemos para cá porque percebíamos que o Nordeste tinha muito espaço para crescer e porque o governo se mostrou sério nas negociações”, contou a diretora da unidade de negócios do Norte e Nordeste da Mondelez, Andréa Martins.
Enquanto questões de infraestrutura aparecem com bons desempenhos, o ponto ainda negativo fica por conta da carência de fornecedores locais e de mão de obra mais bem qualificada. Das compras feitas na região, 50% são apenas de pequenas compras. “Nosso objetivo é que comprem muito mais aqui”, concluiu o secretário.
Ao todo, foram consultadas: BR Foods (Sadia S/A); Mondelēz Brasil (antiga Kraft Foods); Acoplation Andaimes; WHB Fundição; Isoeste Nordeste; MC Bauchemie; Estofados César, Kakakis, Anatomic Colchões, Diogo Bezerra; Movene; e Elcoma.
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