Durante a programação do Dia do Meio Ambiente Suape, ontem (01), o diretor de Engenharia e Meio Ambiente do Complexo Industrial e Portuário de Suape, Victor Vieira, assinou, junto ao Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN), o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. A assinatura reforça o comprometimento do complexo portuário com a preservação do bioma, entendendo essa restauração como essencial para busca da sustentabilidade socioambiental. Também na tarde de ontem, o secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Porto de Suape, Geraldo Julio, anunciou a compra de um lote de 90 hectares de terra destinado à compensação ambiental.
“Temos dado muita atenção à questão da sustentabilidade e o nosso foco é fazer as coisas acontecerem, se transformarem realidade, sairem do campo da discussão”, lembrou o secretário Geraldo Julio. De acordo com ele, o Brasil tem uma grande oportunidade de ser modelo mundial em sustentabilidade. “Esse governo procura se adequar ao momento do desenvolvimento. Nós estamos vivendo uma situação nova no mundo, não é só em Suape. O Brasil vive imensos desafios na área de sustentabilidade. A situação ambiental no Brasil precisa avançar muito, mas somos o país que tem mais oportunidade de crescer sustentável de verdade, desde que a gente consiga estabelecer novos padrões para esse desenvolvimento. Esse pacto nos deixa mais próximos deste objetivo”, concluiu. Segundo Julio, o governador Eduardo Campos está seriamente comprometido com o desenvolvimento sustentável do Estado, e o objetivo de Suape neste contexto é ser modelo para o Brasil e para o mundo, sem repetir erros que outros locais cometeram durante seu processo de crescimento.
O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica tem dois anos de existência, mas já apresenta grandes resultados. Ele foi criado com a missão de articular o diálogo entre instituições públicas e privadas, governos, empresas, comunidade científica e proprietários de terras na tentativa de unir esforços e recursos para a restauração e conservação da biodiversidade nos 17 estados brasileiros que apresentam o bioma. A Mata Atlântica ocupava, originalmente, uma área equivalente a 1,36 milhões de km² e atualmente restam apenas 7,26% de toda a sua extensão. A meta é que até o ano de 2050, 15 milhões de hectares sejam restaurados.
“O pacto não é exclusivamente ambiental. Ele prevê, também, a geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração, manutenção, valoração e pagamento de serviços ambientais e adequação legal das atividades agropecuárias nos estados do bioma”, explicou o representante do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN), Felipe Melo, que participou do evento como palestrante. Melo lembrou, ainda, que 184 instituições já são signatárias do pacto.
Suape assina Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
15/09/2011