Oitenta e quatro moradores das comunidades do Engenho Mercês, em Ipojuca, de Massangana, no Cabo de Santo Agostinho, e de municípios vizinhos foram contratados pela Concessionária Rota do Atlântico (CRA) para trabalhar na Express Way, sistema viário que está sendo construído pelo grupo para facilitar o acesso ao Complexo Industrial Portuário de Suape e ao Litoral Sul do Estado, com previsão de operar já neste primeiro semestre. Neste mês, os trabalhadores, em sua maioria mulheres, começaram a receber treinamento teórico e prático para operar a via expressa de 43 quilômetros e cujo valor do investimento chega a R$ 450 milhões. Os novos contratados vão atuar como agentes de arrecadação, operadores e supervisor do Centro de Controle Operacional (CCO), controladores de praça e inspetores de tráfego. No total, o empreendimento vai gerar 250 empregos diretos, 500 terceirizados, além dos mais de 1,5 mil postos de trabalho durante o atual período de obras.
A definição pela utilização de mão de obra local visa garantir maior desenvolvimento econômico e social dessas famílias e de suas localidades, além de fortalecer as comunidades e integrá-las à realidade da nova via expressa. O preenchimento das vagas pelo setor de Recursos Humanos (RH) da Concessionária também utilizou como critérios de seleção o candidato possuir o Ensino Médio completo e itens como ter boa capacidade de comunicação verbal e escrita; cordialidade, simpatia; engajamento e energia. “Tivemos a preocupação, ainda, de equilibrar as contratações, mas o número de mulheres é bem maior (chega a 70%). Muitas são esposas de homens que já trabalham nas obras e nas indústrias de Suape e que não eram aproveitadas no mercado de trabalho da região. Como algumas funções da Concessionária envolvem muito a prestação de serviço ao usuário, as mulheres se encaixam perfeitamente no perfil e assim garantimos a inserção delas no mercado, gerando maior renda para a família”, observou a coordenadora de RH da Rota do Atlântico, Natalie Dowsley.
Esse é o caso de Zirleide Maria de Sousa, 32 anos. O marido trabalha como pedreiro numa das empresas de Suape, e agora ela também irá englobar a lista de funcionários do complexo. “Trabalhava como auxiliar de cozinha em uma lanchonete de Ipojuca, mas fiquei desempregada. Agora surgiu essa oportunidade e pretendo me dedicar muito para retribuir. Vou poder ajudar muito mais nas despesas da casa”, comemora Zirleide, que tem um filho de 10 anos.
Entre as novas contratadas está também Natália de Melo, 18 anos, que inicia na Rota do Atlântico o seu primeiro emprego. Moradora do município de Escada, a jovem afirma estar preparada para o desafio do mercado de trabalho. “Estou aprendendo muito no treinamento e feliz com essa oportunidade de começar a trabalhar numa empresa como essa. A expectativa é grande e a vontade de iniciar na função também”, revela.
Para a coordenadora de Assistência Social do Complexo Industrial Portuário de Suape, Líbia Paixão, a iniciativa da Rota do Atlântico é um exemplo de integração das empresas com a administração portuária. “Esse contato com as empresas é fundamental para envolver as cerca de seis mil famílias que moram dentro do Complexo de Suape e garantir empregabilidade para os moradores”.
Além dos contratados, a ação também está beneficiando a economia local. A Rota do Atlântico contratou um restaurante do Engenho Massangana para servir as refeições durante todo o período do treinamento. Para a proprietária, Fátima da Silva, a oportunidade está ajudando a expandir o negócio da família. “Agradeço essa chance de mostrar o meu trabalho e crescer financeiramente”. Segundo a coordenadora de Desenvolvimento Local de Suape, Dóris Moreira, “as atividades desenvolvidas estão dentro do plano de trabalho da administração do Complexo que dá apoio às comunidades para o desenvolvimento e aproveitamento da mão de obra local gerando mais fonte de renda”.
TREINAMENTO – Desde o último dia 2 de maio, os novos trabalhadores estão passando por um treinamento de integração para conhecer como será o funcionamento da Concessionária Rota do Atlântico e as atribuições de cada função. O Complexo Industrial Portuário de Suape cedeu o local para a realização dos cursos de capacitação e o auditório onde serão realizados os seminários. Pensando na uniformidade do grupo, a Rota do Atlântico está promovendo um treinamento de integração, que conta com diversos momentos e aulas sobre diferentes temas para o desenvolvimento do trabalho como: conhecimento sobre concessões rodoviárias; cultura organizacional; noções básicas de operação de pedágio e tráfego; primeiros socorros; combate a incêndio; qualidade no atendimento ao cliente; ética e segurança do trabalho.
No dia 20 de maio, aconteceu o encerramento do seminário de integração, no auditório do Centro Administrativo de Suape, com palestra sobre responsabilidade com a imagem organizacional, além de vacinação contra gripe e uma festa para finalizar o evento. Já a partir do dia 21 deste mês, em escalas apenas diurnas, o grupo de novos funcionários da CRA começou o treinamento prático, realizando simulações sobre cada uma das funções, assimilando a linguagem dos rádios comunicadores e demais situações que podem ocorrer durante a operação da rodovia.
ROTA DO ATLÂNTICO – A Express Way absorverá o fluxo de veículos pesados com destino às indústrias e ao Porto de Suape, desafogando a PE-60 para o tráfego de veículos leves. A via expressa, que segue até a PE-38, no distrito de Nossa Senhora do Ó, será também o caminho principal para as praias do Litoral Sul, encurtando a distância em 8,4 quilômetros em relação à PE-60, com uma economia de tempo de cerca de 20 minutos, considerando a velocidade de 100 km/h da via expressa.
Com um contrato de 35 anos de concessão, a Rota do Atlântico prestará serviços de operação, monitoramento e conservação das vias, além da construção do Complexo de Viadutos, de uma nova rodovia entre Suape e a PE-38, do acesso à Ilha de Tatuoca, das rotatórias na Curva do Boi e em Nossa Senhora do Ó, e da requalificação do Contorno do Cabo e TDR’s Norte e Sul.
A Concessionária ficará responsável pela manutenção do pavimento, dos dispositivos de drenagem, da faixa de domínio e também pela implantação e conservação de equipamentos de segurança como câmeras, radares, painéis de mensagem, placas de sinalização e iluminação. A Rota do Atlântico contará com Centro de Controle Operacional, com serviço de atendimento ao usuário e apoio ao caminhoneiro, monitoramento 24 horas e ambulância de resgate a acidentados. Para oferecer toda esta infraestrutura aos motoristas, cobrará uma tarifa de pedágio de forma unidirecional, permitindo o acesso a todo o complexo viário.
A Rota do Atlântico é formada pela Odebrecht Transport, uma empresa do Grupo Odebrecht, que tem como sócio o Fundo de Infraestrutura do FGTS, e pela Invepar, composto pela Previ, Petros, Funcef e OAS.
Fonte: Asscom Suape
Rota do Atlântico terá mão de obra do entorno de Suape
30/05/2013