O crescimento econômico de Pernambuco ganha impulso com cinco grandes empreendimentos em fase de construção ou operação: Refinaria Abreu e Lima, PetroquímicaSuape, Estaleiro Atlântico Sul (EAS), localizadas em Ipojuca; Hemobrás, em Goiana, e BR Foods (Sadia, em Vitória de Santo Antão, e Perdigão/Batavo, em Bom Conselho). Juntas, essas empresas injetarão R$ 66,5 bilhões na economia local, ampliando o Valor Adicionado Bruto (VAB), o rendimento das famílias e a geração de postos de trabalho. É o que aponta estudo inédito realizado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem, divulgada nesta segunda-feira (16).
Intitulado: “Estudos dos Impactos dos Investimentos na Economia Pernambucana”, o trabalho mostra a influência desses investimentos para o desenvolvimento do Estado, considerando os efeitos multiplicadores gerados nas fases de construção e operação das empresas de 2007 até 2014. O impacto total gerado pelos cinco empreendimentos, somando construção e operação, será de R$ 66,5 bilhões. A fase da construção civil totalizará R$ 24,8 bilhões, que inclui tanto obras físicas quanto aquisição de máquinas e equipamentos, com destaque para a Refinaria Abreu e Lima, responsável por, aproximadamente, R$ 17,3 bilhões do valor total. Na fase de operação o valor é ainda maior, correspondendo a R$ 41,7 bilhões, tendo como as grandes responsáveis a PetroquímicaSuape e da Refinaria Abreu e Lima.
De acordo com o presidente da Agência Condepe/Fidem, Antônio Alexandre, essa “radiografia” tem como objetivo subsidiar as ações do Estado para a tomada de decisões. “Sentimos a necessidade de realizar uma análise do perfil da economia pernambucana para compreender os efeitos desses empreendimentos e os impactos causados em todos os setores de atividade, para que possamos calibrar o planejamento público”, explica.
A previsão para o Valor Adicionado Bruto (VAB) estadual, em 2014, é de R$ 168,5 bilhões. O VAB representa o somatório que cada atividade incorpora ao preço final de um produto, bem ou serviço. Caso o Estado não contasse com esses empreendimentos, o montante seria de R$ 114,2 bilhões. Dos R$ 54,2 bilhões adicionais gerados pela economia pernambucana, R$ 15 bilhões estão alocados na fase de construção dos empreendimentos e R$ 39,2 bilhões na fase de operação.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, creditou os resultados à “nova realidade” vivida no Estado. “Este instrumento lançado pela Agência Condepe/Fidem nos permite ter clareza para canalizar as políticas públicas estaduais, e assim potencializarmos o efeito dessa mudança de patamar, gerando mais oportunidades para os pernambucanos", afirmou. Já o secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, ressaltou a importância de integrar todas as áreas de governo em prol do bom ambiente de negócios. “É um esforço grande realizado pelo Governo em um movimento orquestrado tendo como meta a sustentabilidade e o desenvolvimento da gestão pública e dos negócios, gerando bons frutos para todos”.
RENDIMENTO E POSTOS DE TRABALHO – Com relação aos impactos diretos provocados pelos empreendimentos pesquisados, está o aumento do poder de compra das famílias e dos postos de trabalho gerados. Segundo a pesquisa, estima-se que R$ 20,5 bilhões estarão circulando para consumo e poupança, sendo R$ 5,7 bilhões na fase de construção e R$ 14,8 bilhões na fase de operação das empresas. Para os empregos, até 2014 estão previstos cerca de 1,2 milhões de postos de trabalho, um milhão na fase de operação e o restante na fase de construção. Os maiores impactos estão concentrados na Refinaria Abreu e Lima, com 44,3% do total, e PetroquímicaSuape, com 26,1%.
Empreendimentos geram impacto de R$ 66,5bi na economia de PE
18/04/2012