Estado ganha fábricas de calçados

Até o dia 20 deste mês, o governador Eduardo Campos deverá anunciar a implantação de duas novas fábricas de calçados em Pernambuco. Desde que assumiu a gestão do Estado, no dia 1º de janeiro de 2007, o governo vinha tentando atrair empresas do pólo calçadista como uma tentativa de reforçar a estratégia de interiorização do desenvolvimento. Uma das medidas adotadas foi o aumento de 85% para 90% no teto do crédito presumido de ICMS para o setor. Pelas negociações que estavam em andamento, os anúncios serão da companhia gaúcha Paquetá e a empresa São Paulo Alpargatas.

A informação da chegada de duas novas fábricas foi adiantada, ontem, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, durante entrevista às rádios Jornal e CBN. Em outubro, o presidente da Paquetá, Adalberto Leist, esteve em Pernambuco e visitou Petrolina para conhecer as condições oferecidas pelo município.

Segundo Bezerra Coelho, o projeto da Paquetá prevê um investimento de R$ 300 milhões na construção de uma fábrica e de um centro de distribuição. Os recursos também poderão ser utilizados na aquisição de uma marca internacional de calçados e no projeto de expansão da rede Esposende no Nordeste. Na tentativa de atrair o negócio para o Estado, o governo contribuiu ajudando a intermediar reuniões da Paquetá junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é presidido pelo pernambucano Luciano Coutinho.

Com a Alpargatas, que há mais de um ano comprou a pernambucana Dupé, as discussões são para a implantação de uma nova fábrica de calçados, que poderia ser instalada no município de Limoeiro. Hoje, a unidade da Dupé está localizada em Carpina. O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Jenner Guimarães, diz que no primeiro trimestre de 2009 também devem ser retomadas as conversas com a Dakota, iniciadas este ano, mas que tiveram uma parada para reavaliação pela empresa.