A vida que caminhava devagar no município de Inajá começou a ficar mais agitada há alguns meses. E a culpa é de um investimento de R$ 500 mil. O valor foi depositado há duas semanas na conta da Associação dos Plantadores de Melancia e Melão da cidadezinha e faz parte do programa que a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper) está implementando no local para incentivar a produção de melão pele de sapo, depois de ter conhecido a experiência de seu Bel.
“O melão vai ser a redenção econômica de Inajá”, se entusiasma o conselheiro municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável do município, Afonso de Araújo Campos. “É o ouro verde de Inajá”, proclama o diretor de Arranjos Produtivos Locais da AD Diper, Sebastião Amorim. Para que tanta esperança não se transforme em decepção, uma série de estudos foram feitos na região para comprovar a viabilidade da cultura.
O diagnóstico feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi ainda mais animador. “O solo não é ácido e está na condição ideal para o cultivo do melão. E o sistema de irrigação por gotejamento aproveita a água que não é salina, obtida de poços artesianos profundos com vazão de 20 litros por hora”, resume o agente de extensão do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), João Adelson de Araújo.
Como o município tem experiência no plantio de melancia – cultura parecida à do melão - os agricultores já possuem técnicas de manejo e de combate às pragas. Diante desses resultados, os planos para Inajá estão longe de ser modestos. “Vamos batalhar pelos certificados de exportação, obtenção de selos de inspeção federal, além de realizarmos visitas técnicas à Mossoró”, explica Amorim. A primeira etapa das ações irá contemplar 15 produtores, que plantarão um hectare cada já agora em dezembro. No final de fevereiro, virá a primeira colheita.
AD Diper quer desenvolver atividade
19/07/2011