A Codistil do Nordeste, localizada no bairro do Curado, ganhou a licitação para construir a central de tratamento de efluentes da Petroquímica Suape, empresa que produzirá ácido tereftálico purificado (PTA) em Suape. O contrato é de R$ 32 milhões e garantirá aumento no número de empregos da indústria pernambucana.
A Codistil do Nordeste faz parte do grupo Dedini, uma das maiores indústrias de bens de capital do País. Apesar da crise do restante do País, a unidade pernambucana está, inclusive, aumentando o número de contratações. “Este mês empregamos mais 40 pessoas. Hoje temos 540 funcionários, somos a maior em número de trabalhadores do distrito industrial do Curado e a previsão é chegar ao primeiro trimestre de 2009 com 650 a 700 pessoas”, anunciou Luiz Augusto Figueiredo, gerente-geral da Codistil.
A empresa é uma das líderes na área de calderaria e possui tradição no segmento de açúcar e álcool. Mas a carteira de trabalhos está diversificada e não foi negativamente impactada pela menor demanda da área sucroalcooleira. “Continuamos em franco desenvolvimento pois não fazemos apenas açúcar e álcool”, diz. Um dos bons clientes da empresa é a Mossi & Ghisolfi (M&G), que possui uma planta de PET em Suape. “Na planta da M&G fizemos quase 50 equipamentos, isso nos fez desfrutar de um bom conceito em relação à M&G mundial. Já fornecemos equipamentos para fábrica deles no México”, afirma.
A encomenda da Petroquímica Suape está em fase de projeto e tem prazo de entrega previsto para 19 meses. A Petroquímica Suape é um projeto da Petroquisa, subsidiária da Petrobras, que está tentando negociar a entrada de um novo sócio na companhia, após a desistência do grupo Vicunha, Odebrecht e pequenas empresas têxteis. A Petroquímica pretende fabricar matéria-prima para o fio de poliéster e para a resina PET, de forma a criar um novo pólo têxtil em Pernambuco.
Atualmente, a Petrobras espera a definição da indiana Reliance para saber se fará parte do projeto e a estatal brasileira cogita até mesmo fazer uma indústria de resina PET em Suape para viabilizar a planta de PTA. “Nós estamos estudando a tecnologia para a fábrica de PET. Vamos apresentar o projeto internamente para a Petrobras no início de dezembro”, afirma o superintendente da Petroquímica Suape, Richard Ward.
Enquanto não define o parceiro e o tamanho do pólo, a Petroquímica vai avançando em seu projeto. No início do mês de novembro também foi assinado o contrato para realização de estaqueamento na área da petroquímica, que terá sua terraplenagem encerrada este mês. A vencedora foi a Tecnosonda S.A., com valor de R$ 8,7 milhões, iniciando em dezembro e com prazo de 180 dias.
Codistil ganha contrato de R$ 32 mi
19/07/2011