A Companhia Pernambucana de Gás Natural (Copergás) vai ganhar um cliente de peso. A Refinaria Abreu e Lima, que começa a operar no segundo semestre de 2010 no Complexo de Suape, apresentou à empresa uma expectativa de potencial de consumo do energético para o empreendimento, que deve ficar na casa de 2,5 milhões de metros cúbicos por dia.
"O presidente da refinaria (Marcelino Guedes) participou de reunião conosco na semana passada e apresentou a demanda de gás para a unidade de refino", diz o presidente da Copergás, Aldo Guedes. O executivo afirma que a necessidade da refinaria, além da possibilidade de duplicação da Termopernambuco e dos novos investimentos que estão se implantando no Estado vão reforçar o pleito da companhia junto à Petrobras para instalar em Pernambuco um terminal fixo de gás natural liquefeito (GNL).
Marcelino Guedes explica que, num primeiro momento, a refinaria vai precisar de um volume de gás natural de 500 mil m³ por dia para a partida da unidade. "Esse volume será necessário para os primeiros quatro meses. Depois, se houver disponibilidade vamos continuar consumindo gás. Caso contrário, a alternativa será queimar a nafta produzida na própria unidade de refino", observa.
Hoje, a Copergás tem contratado com a Petrobras um volume fixo de 1,1 milhão de metros cúbicos por dia, além de um volume interruptível (que pode ser suprimido caso a estatal de petróleo precise do gás para atender às termelétricas) de 800 mil m³, que será disponibilizado gradualmente até 2012. Em junho deste ano, a Copergás assinou com a Petrobras um termo de compromisso onde estão estabelecidos esses volumes, mas o contrato definitivo ainda não foi assinado. "Nossa expectativa é que essa assinatura aconteça no início de janeiro", acredita Aldo, frisando que faltam apenas ajustes.
Refinaria negocia já com Copergás
18/07/2011