Interior otimista com 2009

A interiorização do desenvolvimento, para além das fronteiras do Complexo Industrial Portuário de Suape, está dando um novo ânimo aos pernambucanos.

O ano de 2009 está sendo esperado com otimismo, num sinal de que a esperança por dias melhores se renova. E não estamos falando de nenhum futuro distante. O emprego, a mola-mestra que gera renda e ajuda a reduzir as desigualdades, já chegou a diversos municípios da Zona da Mata, Agreste e Sertão - em obras de terraplenagem, de construção civil. Na operação de novas fábricas. No fornecimento de materiais, produtos e serviços.

São empreendimentos que estão mudando radicalmente e vão mudar muito mais o perfil socioeconômico das populações locais. Há oportunidades para todos - do servente ao executivo. Somente os projetos beneficiados com os incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Prodepe) entre 2007 e 2008 somam R$ 815,5 milhões e representam a geração de mais de 12 mil postos de trabalho em 23 municípios do Interior. Fora outros empreendimentos em fase final de negociação e outros que não se enquadram na legislação do Prodepe.

O Diario colheu alguns depoimentos e constatou: a desconcentração do desenvolvimento está devolvendo aos pernambucanos do Interior o direito de sonhar. Mas ainda há muito a se fazer. Segundo o governador Eduardo Campos, o remédio para curar essa mazela é atrair mais empresas e investir em infra-estrutura básica, leia-se estradas, água, energia elétrica, telefone. Também levar ensino técnico e de nível superior. "Temos um processo histórico de 500 anos que concentrou a geração de riqueza próximo do mar. O desafio é integrar mais de 25 milhões de brasileiros que vivem no semi-árido e que precisam de geração de riqueza, de oportunidade", diz.