Paralela à instalação das indústrias que fazem de Suape o maior canteiro de obras de Pernambuco, a diretoria do porto pretende agilizar, em 2009, a implantação das diretrizes que estão sendo definidas no Plano Diretor do complexo.
Há 90 dias em formatação, o documento está traçando um perfil minucioso dos 14 mil hectares da zona portuária, bem como das cidades vizinhas, visando as melhorias nas áreas de infra-estrutura, recursos hídricos, energia, ferrovia, habitação e, principalmente, de impacto socioambiental.
Como prioridade de execução, o diretor de Planejamento e Urbanismo de Suape, Luciano Albuquerque, anunciou que quer definir, nos próximos 120 dias, o local de ocupação e o tamanho do imóvel onde vão funcionar os Centros de Defesa Ambiental e o de Tecnologia Ambiental.
“Serão quatro hectares destinados ao reflorestamento e à preservação da Mata Atlântica, em parceria com a Petrobras. Também temos capacidade instalada para cultivar 500 mil espécies diferentes de mudas”, discriminou Albuquerque.
Um dos maiores desafios, no entanto, será a instalação de uma estação de resíduos sólidos e líquidos.
“A licitação já era para ter ocorrido em 2008, para então entregarmos a concessão a uma operadora. Mas até o segundo semestre de 2009 teremos isso fechado. Serão 15 hectares para resíduos líquidos e de 40 a 50 hectares de sólidos”, disse Albuquerque.
Do total do território de Suape, 45% é de reserva ecológica.
Além disso, as empresas precisam cumprir compensações ambientais para operar, como a Refinaria Abreu e Lima, com 630 hectares de área, deve preservar dois mil hectares.
Como forma de combater a favelização, Albuquerque diz estar mantendo diálogos, com as prefeituras do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca, para transformar os alojamentos dos trabalhadores civis de Suape em futuras residências.
O Plano Diretor de Suape será concluído em março de 2010.
Agilidade para traçar plano diretor
18/07/2011