Atlântico Sul sai na frente em licitação

A Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, divulgou ontem que o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) apresentou as melhores propostas nos lotes que concorrem na II fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). Com isso, o empreendimento pernambucano fica mais perto de conseguir novas encomendas, garantindo maior utilização do parque que está sendo instalado em Suape.

Nos lotes 1 (quatro navios Suezmax de posicionamento dinâmico) e 2 (três navios Aframax de posicionamento dinâmico), o menor preço foi apresentado pelo EAS. O único competidor do estaleiro de Pernambuco nesses lotes é o estaleiro do Rio de Janeiro EISA, que propôs construir as embarcações em um novo empreendimento que o grupo planeja construir.

Isso não significa que o EAS já ganhou outros sete navios para a sua carteira, mas que está próximo. “Nossos preços foram bem avaliados pela Transpetro e agora vamos aguardar a fase de negociação”, disse o presidente do EAS, Ângelo Belellis. A negociação pode durar cerca de três meses. “Os preços ofertados serão agora negociados, de acordo com a ordem de classificação. A negociação, segundo a legislação aplicável, visa obter melhores condições para a Transpetro”, afirmou a empresa, em nota. No lote 3, o único concorrente, o estaleiro Mauá, teve sua proposta comercial recusada. A empresa tem agora oito dias para reapresentar a proposta, pois a Transpetro considerou-a com preço excessivo.

BNDES

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, informou ontem que a estatal conta com mais US$ 10 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o ano que vem. Em 2009, a previsão é que o banco desembolse US$ 12,5 bilhões para a empresa. Com isso, dos US$ 18,9 bilhões de necessidade de financiamento para 2010, restaria à Petrobras buscar US$ 8,9 bilhões. “Estamos levando em conta este valor sem que haja nenhuma redução dos custos, que vamos buscar nos próximos anos. Em 2010, nossa previsão é de investimento de US$ 35 bilhões”, afirmou Barbassa.

Em 2009, a Petrobras tem necessidade de financiamento de US$ 18,1 bilhões, sendo que já estão garantidos quase o valor total junto ao BNDES e bancos privados, segundo afirmou o diretor.