Onde Suape agora precisa estar

A conquista de mais uma planta no setor naval como a anunciada, ontem, pelo governador Eduardo Campos, em Huston, Texas, é um feito importante, mas o fato que de fato gera perspectivas para o complexo de Pernambuco em construção ao sul do Recife talvez seja a possibilidade de se apresentar no principal lugar da indústria mundial de petróleo e off shore com um fato novo no segmento. Antes da refinaria ou da planta do Atlântico Sul, chega lá e ser ouvido era algo impensável.


A ideia de construção de uma nova base para produção de navios do tamanho que estamos iniciando é tão absurdamente surpreendente que foi preciso mostrar fotos do que já existe para o grupo de empresas acreditar. Claro que o fator pré-sal e a retaguarda da gigante Samsung ajudam, mas num setor de conexões como o de petróleo, gás e off shore, somente o fato conhecido de que a brasileira Petrobras vai renovar sua frota fazendo tudo internamente para passar da surpresa para a possibilidade de analisar negócios.


Certamente daqui para frente estar em feiras e encontros como o que Pernambuco apresentou-se esta semana nos Estados Unidos vai virar uma necessidade. Se de fato, ao estaleiro Atlântico Sul se juntar, em Tatuoca, essa nova planta, a ideia de corte de chapas, solda e inspeção fica tão forte que teremos que rever uma série de horizontes de Pernambuco. E isso só faz aumentar a necessidade do governo de Pernambuco se equipar para um nível de conversa que poucos têm sua verdadeira dimensão.