Governo procura investidores no Texas

Comitiva do projeto Suape Global – que pretende transformar o complexo portuário em pólo da indústria naval, de petróleo e gás – visitam empresas na cidade de Houston, de domingo até terça

O projeto Suape Global, que tem como proposta transformar o complexo pernambucano num pólo de atração de indústrias de petróleo e gás, naval e offshore, dá mais um passo para a sua estruturação. Do próximo domingo até a terça-feira, representantes do projeto estarão em Houston, no Texas – principal região petrolífera dos Estados Unidos -, visitando empresas americanas que manifestaram interesse preliminar na iniciativa, apresentada oficialmente pelo governo pernambucano, no Recife, em dezembro do ano passado.


A comitiva pernambucana será integrada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Porto de Suape, Fernando Bezerra Coelho, pelo presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes, pelo presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Ângelo Belellis, e pelo reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Amaro Lins. A expectativa é que o governador Eduardo Campos participe da viagem, mas ainda não há confirmação na agenda oficial.


O projeto Suape Global vai buscar expertise em pólos considerados referência internacional nas atividades de petróleo, gás, naval e offshore, a exemplo de Houston, Calgary, em Alberta (Canadá), Cingapura e Noruega. Houston é considerada a capital mundial da energia. A cidade é vanguardista em vários segmentos da atividade de petróleo e gás. Das 200 maiores empresas norte-americanas de petróleo e gás, 44 estão sediadas em Houston.


Fernando Bezerra Coelho acredita que a viagem poderá trazer bons resultados para o projeto Suape Global. “Vamos visitar empresas que já demonstraram algum interesse no projeto. Uma delas, inclusive, poderá ser parceira do segundo estaleiro que estamos negociando para o Estado”, adianta. Se a negociação for concretizada, a nova unidade naval será instalada na Ilha de Tatuoca, em Suape.


O projeto Suape Global foi criado na esteira dos projetos da Refinaria Abreu e Lima, do Estaleiro Atlântico Sul e das plantas petroquímicas que serão instaladas no Complexo de Suape. A proposta é acelerar a atração das chamadas indústrias-satélites para esses setores. O porto de Suape passará a contar com consultores especializados nas áreas-foco do projeto para atender aos empresários interessados em engrossar o novo cluster.


Serão vários os focos de atuação do projeto. No segmento de petróleo e gás, a cadeia se estende através das etapas de exploração (pesquisa, descoberta e desenvolvimento), produção (extração do petróleo e gás natural), refino (petróleo) e processamento (Gás), transporte e distribuição. Já no setor naval, a cadeia produtiva abrange as indústrias de metalurgia, siderurgia e navipeças, além do setor de serviços, áreas de engenharia, consultorias jurídica, econômica e empresarial.

Da redação - Jornal do Commercio