A preocupação da Compesa em não deixar faltar água para as indústrias que estão chegando a Pernambuco não se restringe a Suape. A companhia empreende esforços para garantir o abastecimento tanto de água bruta quanto de água tratada no Interior. No caso da fábrica de laticínios da Perdigão, em Bom Conselho, no Agreste, a água será transportada desde a barragem do Bálsamo, em Alagoas.
"A obra vai custar R$ 35 milhões e já temos a outorga para utilização da água", antecipa João Bosco de Almeida. Para a planta de embutidos da Sadia em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, a Compesa também já pensou numa solução para garantir o fornecimento dos 13 litros por segundo demandados. Vai ampliar o sistema adutor existente a partir da barragem de Tapacurá. Uma obra de R$ 18 milhões que deve ficar pronta até o final de 2010.
Já em relação ao polo farmacoquímico, que está surgindo em Goiana, na Mata Norte, estima-se que há água abundante em lençóis subterrâneos. O atendimento às fábricas previstas para o polo, como a da Hemobras e a de vacinas da Novartis, se dará através de poços profundos. "Estamos terminando os testes num primeiro poço, capaz de atender à fase de construção dos empreendimentos. A partir dele vamos saber o quanto será possível tirar", complementa Bosco. Cada poço profundo tem custo estimado em R$ 1 milhão, valor considerado baixo diante de outras formas de produção.
Outro detalhe é que Goiana não tem problemas de abastecimento. Situação bem diferente da enfrentada por outros municípios da região, como Lagoa do Itaenga, Ferreiros e Camutanga, ainda dependentes de carros-pipa. A ideia é construir uma estação de tratamento e adutora a partir da barragem do Siriji. Orçada em R$ 60 milhões, a obra ainda não tem recursos assegurados.
Esforços voltados para o Interior
13/07/2011