Empresa faz estudo sobre a produção local

Antes mesmo do projeto de construção estar concluído, a Kraft Foods já observa com cuidado a cadeia produtiva pernambucana, em um trabalho de mapeamento de futuros fornecedores para a fábrica. Segundo o diretor de assuntos corporativos do grupo, Fábio Acerbi, já há pessoas trabalhando nisso. “A Kraft possui uma boa fama de ser bastante criteriosa na escolha de seus parceiros”, comentou. Operacionalmente, a empresa possui mais do que um departamento de prospecção: adota uma política de “desenvolvimento do fornecedor”.


O tempo para preparar um parceiro leva de seis meses a um ano. O candidato passa por auditorias de qualidade em todos o seu processo de produção. Além disso, tem o fator preço, que pesa bastante na decisão do grupo. Para a planta de chocolates de Vitória de Santo Antão, por exemplo, serão demandados três grandes insumos – leite em pó, açúcar e cacau. Desses, o açúcar é, a partir de agora, o que apresenta maior potencial de englobar empresas pernambucanas (as usinas e engenhos) nas futuras operações da Kraft no Estado.


“Nossa vontade é de conseguir formar as melhores sinergias em Pernambuco. Fará todo sentido se efetuarmos boa parte de nossas compras junto a fornecedores locais”, afirma Acerbi. Como, na época do lançamento da fábrica, a hipótese de o Nordeste vir a ganhar novos produtos da Kraft não foi descartada. Vale lembrar que, recentemente, o grupo lançou o sabor seriguela para o refresco Tang e tem comemorado os resultados. E no caso de formulação de novos artigos, outros setores podem vir a se tornar candidatos a parceiros da empresa.