O Governo do Estado pretende avançar nas negociações com a Reliance Industry nesta segunda-feira, quando representantes do grupo indiano estarão no Rio de Janeiro para uma reunião com a diretoria da Petrobras. Os executivos vão retomar o diálogo em torno da participação societária da Reliance, na PetroquímicaSuape - fábrica de PTA, matéria-prima da resina PET -, que está sendo construída no Complexo de Suape. Calcula-se que a unidade irá consumir um investimento total de R$ 2,4 bilhões.
“Vamos ter uma definição desse cenário e ainda esta semana diretores da Reliance vêm ao Recife”, disse o secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. Desde a saída da Citene do projeto que a Petroquisa - subsidiária petroquímica da Petrobras - está sozinha no serviço e busca sócio para tocar o projeto, cuja produção está estimada em 640 mil toneladas por ano. Em novembro de 2008, durante uma missão do Governo do Estado na Índia, o diretor executivo da Reliance, Nikhil Meswani, solicitou um período de 60 dias ao diretor da Petroquisa, Patrick Fairon, para definir sua entrada na composição societária do pólo.
Antes desse prazo, a Reliance Industry já havia se comprometido de dar um posicionamento final em setembro passado, mas até agora só manifestou oficialmente sua intenção por meio de um memorando de entendimento. “Tenho certeza que o Reliance é o parceiro certo para o empreendimento”, declarou Meswani, na época. A Petrobras já mantém relação comercial com a Reliance, exportando petróleo e comprando óleo diesel.
A PetroquímicaSuape deverá ficar pronta em 2010, com a expectativa de que sejam criados dois mil empregos diretos e outros cinco mil indiretos. A Reliance tem 76 anos e é o maior grupo privado da Índia, com quase 30 mil funcionários e um lucro anual de US$ 34 bilhões, derivado do seu volume de exportação, que chega a US$ 20 bilhões em produtos para 108 países.
Reliance volta a negociar
18/07/2011