Pernambuco melhora nível de emprego

Pernambuco registrou a geração de 18.990 empregos com carteira assinada em agosto, o segundo melhor resultado do país, atrás somente de São Paulo, que gerou 77.983 vagas. A expansão foi de 2% em relação a julho, com destaque para a indústria de transformação (11.025), serviços (3.123) e comércio (1.994). No acumulado do ano o saldo permanece negativo em -597 vagas, mas nos últimos 12 meses o estoque alcança 36.884 novos empregos, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

 

"Observamos que a crise praticamente passou e o mercado agora tenta se recuperar. É o primeiro grande momento para o emprego depois de meses desastrosos", comemora a gerente-geral da Agência do Trabalho, Angella Mochel, lembrando que até julho o saldo entre admissões e desligamentos era sempre negativo no estado. Para ela, os números de agosto indicam uma recuperação no nível de emprego não apenas em Pernambuco, mas em todo o Brasil.

 

Na avaliação do MTE, o decréscimo de 597 postos verificado nos primeiros oito meses do ano em Pernambuco decorre da influência de fatores sazonais relacionados às atividades sucroalcooleiras. Entre as regiões metropolitanas, a do Recife registrou o quatro maior número de vagas geradas em agosto, dentre as nove pesquisadas. Foram gerados 8.684 empregos, o melhor desempenho de toda a série do Caged para o período. A maior contribuição, como já era de se esperar, veio da indústria da transformação.

 

Recife - Entre os municípios pernambucanos, Recife dispara em primeiro lugar, com a geração de 3.613 empregos. Igarassu aparece em segundo no ranking, com 2.975 novas vagas, seguido por Timbaúba (1.705). Nos três casos, quem empregou mais foi a indústria da transformação. Em quarto lugar vem Ipojuca, com 521 novos empregos, puxados principalmente pelos empreendimentos de Suape.

 

No país, foram gerados em agosto 242.126 novos empregos com carteira assinada, uma expansão de 0,75% em relação ao estoque de julho. Foi o melhor resultado mensal em 2009 e o maior de toda a história do Caged para o período. Segundo o MTE, o desempenho recorde consolida o processo de recuperação do emprego formal iniciado nos meses anteriores, uma vez que supera o mesmo patamar de geração de empregos observado nos últimos 17 anos. No Nordeste foram criados 65.751 postos.

 

No acumulado do ano, o Caged mostra um acréscimo de 680.034 empregos. Nos últimos 12 meses, o estoque é de 328.509 postos de trabalho. O maior responsável pelo resultado foi o setor de serviços, com 85.568 vagas, seguido pela indústria de transformação (66.564) e comércio (56.813). "Os empresários viram que a crise no Brasil não foi tão grande quanto pintaram, e agora estão recontratando trabalhadores para não perder espaço no mercado", interpreta o ministro Carlos Lupi, que prevê "recorde absoluto" de empregos em 2010.