neoindustrialização

Governo de Pernambuco promove evento sobre neoindustrialização e energias limpas

Article image

O movimento da neoindustriailização conhecido como powershoring para que indústrias se instalem onde há energias limpas como eólica, solar e biomassa tem grande potencial no Nordeste, especialmente, em Pernambuco. Para discutir possibilidades de implementar ações e ferramentas neste sentido, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco organizou o Fórum Powershoring: Transição Energética e Neoindustrialização de Pernambuco em parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe – CAF; a International Finance Corporation – IFC; e o Instituto Clima e Sociedade – iCS. O evento aconteceu na manhã desta terça, 23 de abril, no cinema do Porto Digital, Bairro do Recife.

Para a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que fez a abertura do evento, o Estado é um referencial para investimentos, não só no Brasil, mas no mundo. “A partir de plantas de energia solar, eólica, energia hidráulica, transição energética, e da utilização mais extensiva do gás com a expansão da Copergás em áreas de desenvolvimento estratégico para o nosso Estado. Além disso, o nosso diferencial logístico no Porto de Suape, com planta para o desenvolvimento industrial e a garantia de conexão com o mundo inteiro”, concluiu a chefe do Executivo.

O encontro teve como objetivo estimular o diálogo para a construção de planos de ação para a efetivação de investimentos verdes no estado. “Pernambuco por sua disponibilidade de fontes energéticas renováveis abundantes e complementares e de infraestrutura industrial e portuária já existentes, pode liderar a atração de investimentos em Powershoring e toda a agenda de neoindustrialização do país”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. A proximidade com centros de produção e de consumo nacionais e internacionais é outra vantagem da região. O Fórum reuniu especialistas no tema e representantes dos setores público e privado, de organizações da sociedade civil e investidores.

Foram abordados nos painéis temas como Powershoring e as oportunidades para o comércio local; Potencialidades do Estado; e Políticas Públicas e Financiamento. Entre os palestrantes, o vice-presidente para setor privado no Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF, Jorge Abarche; a diretora executiva do iCS – Instituto Clima e Sociedade, Maria Netto Schneider; e o executivo responsável por operações da IFC no Brasil, Diogo Bardal.
"O Powershoring é a grande aposta do Brasil para participar das cadeias globais de valor, porém, a partir da agenda do clima e das ODS. Afinal, a estratégia combina de forma única os interesses das empresas, do meio ambiente, das pessoas e, inclusive, dos países de origem dos investimentos", afirma Jorge Arbache, vice-presidente para o Setor Privado no CAF.

"O iCS está comprometido a impulsionar um modelo econômico para o Brasil que desenvolva seu potencial de geração de energias renováveis como a solar e eólica, associando esse potencial à atração de investimentos e desenvolvimento de indústrias verdes e cadeias de valor que apoiem o desenvolvimento local e inclusão social (powershoring). O Brasil, e em particular o Nordeste, possui um dos maiores potenciais no mundo de expandir a matriz elétrica limpa. Oferecer custos de produção de energia atrativos é necessário para escalar investimentos para a descarbonização da indústria e atrair novas indústrias verdes, com potencial de gerar emprego e renda, diversificar a produção local, gerar exportações, favorecer cadeias locais de valor e inserir o Brasil em cadeias globais de produção”, destaca Maria Schneider.

“O Brasil está em uma posição única para se beneficiar da transição climática, não apenas na indústria manufatureira, mas em diferentes setores. A IFC vê novas oportunidades de investimentos sustentáveis em áreas consideradas difíceis de reduzir as emissões como cimento, vidro e aço. Nos últimos dois anos, metade dos investimentos próprios da IFC no Brasil foram alocados para projetos relacionados ao clima e continuaremos com um foco estratégico de impulsionar e mobilizar financiamentos climáticos, ”afirma Diogo Bardal, executivo responsável por operações da IFC no Brasil.

O Fórum debateu caminhos para a materialização e aceleração de investimentos em atividades produtivas e empresariais de baixo carbono em Pernambuco. Essas atividades devem estar alinhadas com a agenda de transição energética justa e de recomposição do tecido industrial nacional, objetivando uma maior competitividade do país nas cadeias de valor nacional e global. “Algumas dessas cadeias produtivas que se posicionam muito no futuro, como é o caso do hidrogênio verde, já têm elos que são viáveis economicamente no presente. Estamos olhando a produção de amônia, de e-metanol, de aço verde. É nesse trabalho que estamos focando para atrair novas empresas para o Estado”, ressaltou o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Maurício Laranjeira.

Segundo a secretaria de Meio Ambiente, Ana Luiza Ferreira, essa é a aposta do momento e grandes parceiros são fundamentais para a materialização dessas ações. “Estamos apostando muito firmemente nessa transição que, de forma muito estruturada, já começa a mostrar resultados, trazendo para perto parceiros que vão ser essenciais para Pernambuco chegar aonde estamos projetando”, comentou.

O evento também contou com um time de peso de especialistas da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE); da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE); do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); do Banco do Nordeste do Brasil (BNB); do Consórcio Nordeste; e do Instituto E +

 

 

WhatsApp Image 2024 04 25 at 10.51.221                                 WhatsApp Image 2024 04 25 at 10.51.22