Parceria para capacitação

O governo do estado e a Prefeitura de Goiana, a 60 quilômetros do Recife, estão montando uma força-tarefa para garantir a capacitação de goianenses e moradores de cidades vizinhas para trabalhar nas obras do polo farmacoquímico.

Ontem, representantes de diversas entidades estiveram reunidos na Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper) para discutir estratégias e definir ações.

Uma delas é a implantação, em Goiana, do Plano Nacional de Qualificação (Planseq), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o diretor de negócios estruturadores da AD Diper, Agnaldo Nunes, a ideia é atuar nos três níveis - ensino fundamental e médio, técnico e superior.

"De imediato, será dada prioridade à capacitação em nível técnico para atender à demanda das obras que já estão sendo executadas e as que vão começar ainda este ano", disse Nunes.

Os trabalhadores serão capacitados para ocupar funções como pedreiros, eletricistas, encanadores, pintores, serralheiros.

Nos níveis fundamental e médio, a AD Diper e a prefeiturafarão um trabalho junto às escolas da rede pública estadual e municipal para que os professores conheçam o que é o polo farmacoquímico e suas repercussões.

No nível superior, está sendo discutida a possibilidade de ampliar a oferta de cursos na faculdade de formação de professores de Goiana.

Os municípios do entorno, como Condado, Aliança, Ferreiro e Itambé, serão estimulados a participar do processo.

"Não estamos fechando fronteiras. Nesse primeiro momento, vamos centrar esforços dentro do território do polo, que é Goiana. Mas a gente quer compartilhar o desenvolvimento e esperamos que os outros municípios da Mata Norte se integrem", declarou o secretário de planejamento estratégico de Goiana, Cláudio Manguinho.

As ações vão contar com o apoio do Sistema S, Agência do Trabalho, secretarias de educação e ciência e tecnologia.

A âncora do polo farmacoquímico é a Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás), cujas obras civis devem começar em março. A construção da câmara fria, o primeiro edifício, representaum investimento de R$ 28 milhões e vai gerar 150 empregos diretos.

Cláudio Manguinho conta que o Centro Vocacional Tecnológico de Goiana (CVT) já formou 75 profissionais e que mais 150 pessoas vão começar a ser treinadas.

No total, a construção da Hemobrás gerar mil empregos diretos e até oito mil indiretos.

O investimento total é de R$ 327 milhões.