A Refinaria Abreu e Lima foi projetada para quase dobrar de tamanho, se necessário. Sua capacidade de processamento será de 230 mil barris diários de petróleo. "O projeto foi feito dessa forma. Poderemos chegar a 350 mil ou 400 mil barris diários com pouco esforço", comentou o ontem diretor corporativo da empresa, João Batista Aquino, após a assinatura dos contratos com a Compesa.
A ampliação da refinaria, entretanto, não tem data para acontecer, uma vez que a Petrobras decidiu construir a Premium I (MA), com capacidade de processar 600 mil barris/dia, e a Premium II (CE), de 300 mil barris/dia. Além disso tem o Comperj (RJ), com capacidade para 150 mil barris, e a Refinaria Clara Camarão (RN), com 30 mil barris/dia.
Segundo Aquino, a obra de terraplenagem da Abreu e Lima está entre 85% e 90% concluída e o canteiro para construção da casa de força está sendo mobilizado. "Neste fim de semana estaremos recebendo dos Estados Unidos o primeiro dos oito dessalgadores", antecipou o executivo. Os dessalgadores são equipamentos que fazem a lavagem do petróleo assim que ele chega à refinaria, retirando sais e impurezas.
A Abreu e Lima possui mais de 20 contratos de EPC. Alguns já foram assinados, outros foram relicitados porque apresentaram preço muito acima do mercado, elevando o investimento de US$ 4,05 bilhões para aproximadamente R$ 20 bilhões. Cinco deles já tiveram a negociação encerrada e aguardam aprovação da diretoria da Petrobras.
"Se a parceria com a PDVSA for concretizada, vamos licitar mais um módulo, o da unidade de recuperação de enxofre", afirmou Aquino, acrescentando que o petróleo venezuelano, ao contrário do brasileiro, possui alta concentração de enxofre. A sociedade entre Petrobras e PDVSA deve ser sacramentada nesta segunda-feira, na Venezuela. Para tanto a estatal venezuelana deverá aportar pouco mais de R$ 800 milhões (40% do capital social da empresa).
Empreendimento pode dobrar de tamanho
13/07/2011