Em Pernambuco, investimento em infraestrutura foi pontapé inicial

Além disso, mais de 70 empresas se instalaram ou estão se instalando no Complexo Industrial de Suape, somando cerca de US$ 1,7 bilhão em investimentos


A comparação ficou cansativa? Então respire fundo porque falta falar de Pernambuco. O outro Estado vizinho também mantém semelhanças com Alagoas. Lá, em meados dos anos 80 e 90, a economia também andava deprimida e ainda era muito centralizada na produção de açúcar e álcool. Contudo, numa política de retomada do desenvolvimento econômico baseada em incentivos fiscais e contínuos investimentos em infraestrutura, Pernambuco conseguiu atrair um grande número de indústrias de todos os portes que também impressionam o viajante alagoano que sai de Alagoas até Recife de carro. A região pernambucana mais pujante, sem sombra de dúvidas, é o Complexo Industrial Portuário de Suape. É lá que está sendo construída a refinaria de petróleo Abreu e Lima, um projeto das estatais PDVSA (Colômbia) e Petrobras que vai requisitar mais de US$ 4 bilhões em investimentos e que deverá entrar em operação até 2011. Só para se ter uma idéia esse aporte de capital é quase do mesmo quilate que o valor a ser investido por todo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Alagoas até 2010.


Além disso, mais de 70 empresas se instalaram ou estão se instalando no Complexo Industrial de Suape, somando cerca de US$ 1,7 bilhão em investimentos. E como se não bastasse esse montante, que para Alagoas já é invejável, é lá que será construído o estaleiro Atlântico Sul de US$ 2 bilhões por causa da chegada da Refinaria Abreu e Lima. Nele, serão fabricados navios do tipo "supply boats" (barcos de suprimento), responsáveis pelo transporte de comida, água e peças para as plataformas de petróleo instaladas em alto mar. Essas embarcações chegam a medir 150 metros, enquanto a capacidade de transporte varia entre 3.500 e 40 mil toneladas. Alguns deles terão perfuratrizes utilizadas na prospecção de petróleo capazes de avançar 12 km em direção ao fundo do mar. Os grupos Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, a sul-coreana Samsung Heavy Industries e a empresa PJMR, são sócios nessa empreitada.