Terminal marítimo // Empresas entram no projeto

O Porto do Recife deve mudar a forma de operação do Terminal Marítimo de Passageiros. A opção é a privatização do terminal, que inicialmente teria o estado como único responsável pela construção e pela operação. O projeto deve ficar em torno de R$ 10 milhões, sendo entre R$ 4,5 milhões e R$ 6 milhões apenas para a primeira fase. O governo do estado já tem R$ 1,5 milhão, oriundos do Ministério do Turismo.


"Ainda estamos terminando de definir o custo da primeira etapa, para determinar o modelo de participação das empresas interessadas, que seguirá as exigências da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. A expectativa é que fique em torno de R$ 4 milhões, sendo o restante assumido pelo armador ou operador que vencer a licitação", explica o presidente do Porto do Recife, Alexandre Catão.


Ele adianta que a licitação da primeira etapa deve ser lançada em junho e que já há interessados em participar. "Apresentamos o projeto para a MSC Cruzeiros,que já oficializou por escrito interesse. Na última sexta estivemos no Cruise Day, em São Paulo, e amanhã (hoje) apresentaremos o projeto para a Costa Cruzeiros e a Royal Caribbean, que também já demonstraram interesse", completa Catão.


O Terminal Marítimo de Passageiros será no Armazém 7, numa área de 2 mil metros quadrados. O local terá capacidade de atracar dois navios por vez, de forma independente da operação do porto. A obra ampliará a capacidade de receber de navios. Na temporada 2008/2009, o Porto do Recife recebeu 43 mil passageiros, enquanto pelo Terminal de Passageiros do Porto de Santos (SP), o maior do país, passaram 750 mil.


A primeira etapa do projeto prevê instalações semelhantes às existentes no Aeroporto Internacional dos Guararapes. Haverá espaço para a operação de órgãos federais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Polícia Federal, a Receita Federal e uma passarela para acesso dos passageiros.


O interesse dos armadores e operadores, segundo Alexandre Catão, deve-se ao fatodeste ser o primeiro projeto do gênero num porto do Nordeste. No caso da MSC Cruzeiros, os planos são fazer do Recife uma base de operações da empresa, que pretende trazer um novo transatlântico para operar na região, aumentando em 50% o número de rotas; hoje são 20.