O governo de Pernambuco vai tentar atrair para o Complexo de Suape o primeiro Centro de Reparação Naval do Brasil. Além de reforçar a cadeia produtiva em implantação no Estado, tendo como âncora o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), a ideia é aproveitar a intensa movimentação de petroleiros que farão o transporte de óleo cru e combustíveis da Refinaria Abreu e Lima. A unidade poderá representar um investimento de US$ 250 milhões e colocar o País no mapa mundial de reforma de embarcações, hoje concentrado nos Estados Unidos, Portugal, Noruega e Cingapura.
Entre os dias 15 e 19, uma comitiva do governo do Estado segue numa missão empresarial para a Noruega, Inglaterra e Portugal, dentro da estratégia de apresentar o projeto Suape Global nos principais centros de equipamentos e serviços nos setores de petróleo e gás, naval e offshore do mundo para atrair empreendimentos. A parada em Portugal, no último dia da viagem, será para conhecer as instalações do centro de reparação da Lisnave (Estaleiros Navais de Lisboa).
“A visita a esses países com expertise nos setores de petróleo e construção naval, num momento em que a Petrobras se prepara para licitar uma encomenda de 14 plataformas para a exploração da camada do pré-sal, poderá nos garantir um diferencial na disputa dos pacotes e na atração de investimentos”, defende o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, que comanda a missão empresarial à Europa.
Na Noruega, a comitiva participa da maior feira naval do mundo (a Nor-Shipping) e visita empresas da atividade, como a Rolls-Royce e a Wärtisila. “Também vamos apresentar o projeto Suape Global a 30 companhias norueguesas”, ressalta Bezerra Coelho. O país também tem expertise na produção de petróleo, que responde por 25% do PIB norueguês. A atividade começou a ganhar força nos anos 60, quando foi descoberto petróleo no Mar do Norte. Hoje, o país é o maior produtor de petróleo da Europa.
Na Inglaterra, onde o grupo permanece mais tempo, os encontros serão com empresas dos setores petroquímico, naval e farmacoquímico. A comitiva é integrada por representantes do EAS, da refinaria, da Transpetro e da Petroquímica Suape. Em setembro, a previsão é visitar Calgary, no Canadá.
Centro de reparação naval é negociado
14/07/2011