Governo autoriza concurso para Suape

Durante os eventos realizados ontem em Suape, em comemoração aos 31 anos do porto, o governador Eduardo Campos assinou o termo de autorização para a realização do primeiro concurso público de Suape. Serão 110 vagas para os níveis médio e superior, com remunerações que chegam a R$ 2,7 mil e preenchimento previsto já a partir de março do próximo ano.


Do total de vagas, 50 são para nível superior, com foco em economistas, advogados, engenheiros e contadores. Os salários são de R$ 2.705,34. Já no caso do nível médio, o foco é para cargos administrativos e fiscais de patrimônio, por exemplo. A remuneração será de R$ 1.404,90. “Suape vive o momento da profissionalização. Hoje, de um quadro de 132 pessoas, 60 foram nomeadas antes da Constituição de 88 e os outros são cargos comissionados”, detalha o secretário Fernando Bezerra Coelho.


Mas o problema vai além das nomeações feitas antes da obrigatoriedade do concurso. É, na verdade, o limite para a resolução de um problema que tende a se agravar. Dos 60 trabalhadores do quadro permanente, cerca de 70% devem se aposentar nos próximos três anos. “É preciso trazer sangue novo para o porto. Os empreendimentos que chegam fazem parte de uma cadeia e precisam ser vistos dessa forma”, defende o governador. O edital será publicado no próximo mês, com previsão de aplicação das provas em fevereiro e nomeações de 60% das vagas entre março e maio.


MORADORES
Ontem, o governador também anunciou que nos próximos dias será publicada a desapropriação de 2 mil hectares, em Moreno e Rio Formoso, para reassentar famílias que hoje moram no complexo. A ideia é resolver o problema de quase 6 mil famílias, onde nem todas poderão ficar no porto. Durante a solenidade de formatura de cerca de 400 alunos do programa de Educação para Jovens e Adultos, Eduardo Campos assinou com o BNDES a concessão de R$ 10 milhões para o projeto Fazenda do Trabalhador para reestruturar as áreas dos moradores que hoje investem em agricultura, muitas vezes, em terras de preservação ambiental.

Da redação - Jornal do Commercio