Varejo deve crescer até 8%

Deixando de lado a crise econômica, o comércio varejista pernambucano deve fechar 2010 com um crescimento entre 6% e 8% no volume de vendas. A projeção faz parte do estudo “O desempenho do comércio varejista de Pernambuco”, realizado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife). Segundo a pesquisa, os sinais de recuperação da crise começaram a ser sentidos entre os meses de maio e junho, devendo fechar o ano com um crescimento superior ao registrado no ano passado, quando o volume de vendas cresceu 6,31%.


“O segundo trimestre deste ano registrou crescimento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2008. Este dado comprova a recuperação financeira do setor”, ressaltou o coordenador do projeto, o economista Sérgio Buarque. Segundo ele, a projeção de crescimento para o próximo ano é baseada na taxa de juros para o crédito pessoal e na massa salarial. “Dependendo de como esses dois fatores evoluam ao longo do ano, este percentual pode ser maior ou menor. Mas o momento econômico está estabilizado e prevê um crescimento”, disse.


De acordo com Buarque, o aumento no volume de vendas deve ser estimulado no segundo semestre de 2010. “Neste período é quando irão ocorrer a Copa do Mundo e as eleições, eventos que estimulam o comércio varejista”, destacou. Com relação ao crescimento de 2008, Buarque afirma que as vendas cresceram principalmente no primeiro semestre. “O aumento nas vendas no início do ano garantiram o fechamento do ano com incremento de 6,4% nas vendas. No segundo semestre as vendas caíram, mas não fizeram com que o setor fechasse o ano no negativo”, destacou.


A pesquisa tem como objetivo medir o desempenho do comércio varejista de Pernambuco, em especial da Região Metropolitana do Recife (RMR). “A partir de agora, teremos novas informações que darão segurança nas estratégias econômicas”, afirmou o presidente da CDL-Recife, Silvio Vasconcelos. O estudo leva em conta o peso do setor na economia e no setor empregatício, a distribuição setorial e territorial e as perspectivas para o futuro.

Da redação - Folha de Pernambuco