Comércio de Caruaru vai passar por expansão

O Sebrae apresentou os resultados de uma pesquisa inédita sobre o comércio formal nas proximidades do Parque 18 de Maio, onde é realizada a Feira da Sulanca. O estudo ouviu 271 dos 329 empresários que possuem comércio formal no local e vai servir de base para que o poder público e as entidades de classe realizem ações de fortalecimento do comércio varejista e atacadista na área. Segundo a pesquisa, as lojas do parque geram 1.271 empregos diretos e a estimativa é de um faturamento mensal de R$ 18 milhões.


O levantamento faz parte do Projeto de Expansão do Comércio de Caruaru, que será realizado de 2010 a 2012 e já tem recursos de R$ 450 mil do Sebrae. De acordo com a Pesquisa de Caracterização Econômica do Comércio Formal do Parque 18 de Maio, a maioria das lojas vende peças de vestuário ou tecidos, no segmentos de jeans, moda e camisaria. O faturamento mensal de 81% dos lojistas é de até R$ 10 mil por semana.


Das empresas analisadas, 91 fabricam seus produtos no parque, com uma média de 3 mil a 10 mil peças por mês. “Os dados mostram que a capacidade instalada é menor do que a capacidade de produção, ou seja, existe um potencial a ser desenvolvido”, disse o professor Márcio Miceli de Souza, da Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip), que participou do projeto. O estudo mostrou também que a maioria dos consumidores são sacoleiros e confeccionistas. A grande parte dos empresários trabalha há mais de dez anos no ramo de confecções, já atuou como sulanqueiro ou feirante e conta apenas com o segundo grau incompleto.


Apesar de 200 dos empresários ouvidos admitirem que não investem em capacitação empresarial, a pesquisa indica que 231 estão interessados em projetos que visem melhorar o funcionamento do parque, com ações de capacitação e consultoria. Para a maioria dos entrevistados, os principais problemas do Parque 18 de Maio são a desorganização da Feira da Sulanca e a elevada carga tributária.


De acordo com os organizadores, a pesquisa é apenas uma das ações estratégicas previstas para a área, que incluem medidas como revitalização, instalação de serviços bancários e melhoria na segurança. “O objetivo geral é consolidar o Parque 18 de Maio como o principal centro de distribuição de pronta entrega de confecções e tecidos de Caruaru”, destacou o gerente regional do Sebrae, Carlos Paiva.


A Associação Comercial e Empresarial e a Caixa Econômica Federal assinaram um convênio para as Câmaras Setoriais do Arranjo Produtivo de Confecções, objetivando o acesso facilitado às linhas de crédito com juros menores, subsidiadas pelo governo federal, para o segmento têxtil local.


A Pesquisa de Caracterização Econômica do Comércio Formal do Parque 18 de Maio foi realizada pela Faculdade Vale do Ipojuca (Favip) com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Associação Comercial de Caruaru (Acic), Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru (CDL) e Sindicato dos Lojistas de Caruaru (Sindloja).

Da redação - Jornal do Commercio