Transnordestina com 11,3 mil vagas

O aperto da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para que a Ferrovia Transnordestina esteja pronta dentro do prazo, até dezembro de 2010, parece estar surtindo efeito, ao menos no que diz respeito às manobras de articulação. Na última quarta-feira, durante uma reunião, em Brasília, foi apresentado o plano de ataque pernambucano e seu respectivo cronograma. Membros do Governo do Estado admitem que não será fácil terminar a obra dentro do período previsto e assumem que as fortes cobranças da ministra têm surtido efeito. O custo estimado em terras de Pernambuco é superior a R$ 2 milhões e a expectativa é de que 11,3 mil trabalhadores sejam empregados nos serviços.


Até agora, no entanto, o único trecho novo iniciado - e não acabado - é o que liga Salgueiro a Missão Velha, no Ceará, o que dificulta calcular a quantidade de pessoas que já estão trabalhando. O novo plano de ataque prevê a divisão dos trechos em lotes diferentes. O que liga Salgueiro a Trindade, no valor de R$ 470,7 milhões, foi dividido em dois, no município de Parnamirim, e tem previsão de término para agosto de 2010. A área que liga Salgueiro ao Porto de Suape, referente a R$ 1,5 bilhão, está agora separada em quatro lotes, com duas frentes de trabalho em cada um, que tem como objetivo acelerar as obras. Este trecho, junto a parte entre Trindade e Eliseu Martins, no Piauí, custeado em torno de R$ 1,1 bilhão, deve ser concluído dentro do prazo geral, até o final do ano que vem.


"A obra está ganhando mais velocidade na implantação. Até 30 de julho, todos os contratos devem estar assinados. São 15 frentes de serviço em Pernambuco, que devem ser iniciados até o fim do mês no trecho Salgueiro/Trindade e os outros até setembro", garantiu o secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, um dos representantes do Estado no encontro de anteontem.


Conforme a Transnordestina Logística solicitou, o Governo Federal deverá viabilizar uma série de pontos junto à Sudene e ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Entre as premissas gerais, foi pedida a redução da necessidade de contrapartida de 20% para 10%, a liberação de recursos por trechos, assim como a aceitação de licenças de instalação e liberação de materiais.