Se as perspectivas para o Nordeste são positivas, Pernambuco será um dos principais indutores do crescimento da região em 2010. No próximo ano, a Refinaria Abreu e Lima vai acelerar a montagem do empreendimento de US$ 13,3 bilhões, as fábricas da PetroquímicaSuape entram em operação e o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) estará operando a pleno vapor. Com toda essa atividade é fácil entender porque 74,4% dos entrevistados pela pesquisa da TGI acreditam que a economia do Estado vai crescer acima da média nacional.
Isso sem falar no amadurecimento do Projeto Suape Global, que já captou nove empresas para integrar o pólo provedor de produtos e serviços para as indústria de petróleo e gás, naval e offshore em Pernambuco. O governo do Estado, que destinou uma área de 634 hectares para a implantação de um cluster naval, negocia com os empreendedores para atrair pelo menos mais três estaleiros para o Complexo de Suape. A instalação deles dependem de vencer as licitações realizadas pela Petrobras para a exploração da camada do pré-sal, a exemplo do consórcio Alusa-Galvão Engenharia,que participa da disputa de sondas de perfuração e do estaleiro Construcap.
PROFISSIONALIZAÇÃOOs empresários pernambucanos estão atentos às oportunidades, mas ao mesmo tempo não deixam de se preocupar com os desafios que terão pela frente para acompanhar o frenético crescimento econômico do Estado. Educação e profissionalização aparecem na lista das principais preocupações dos empreendedores, atrás apenas da necessidade de manutenção do crescimento econômico.
Apesar do esforço conjunto dos empresários e do governo do Estado para qualificar a mão de obra local, ainda existe uma grande lacuna nessa área. O grau de escolaridade do pernambucano é baixo. Uma prova disso é que até importantes programas de qualificação, a exemplo do Prominp, estão esvaziados porque os candidatos não conseguem atender aos requisitos mínimos.
Essa falta de qualificação também gera o receio de canibalização do mercado de trabalho. Na pesquisa, muitos dos empresários (veja quadro) responderam que estão preocupados em reter profissionais considerados estratégicos para suas organizações. Outra preocupação é que o quadro de funcionários desenvolva novas competências para atender às novas demandas que estão surgindo.
Além da preocupação com o capital humano, os entrevistados apontaram como importantes a melhoria dos iniciadores de pobreza e de segurança pública.
Da redação - Jornal do Commercio