A indústria da construção civil pernambucana deverá crescer entre 19% e 20% este ano. A evolução do cronograma dos empreendimentos estruturadores, como a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul e o polo petroquímico, e a execução de importantes obras de infraestrutura, a exemplo da duplicação da BR-101 e a transposição de águas do Rio São Francisco, aqueceram esse mercado.
"A indústria de Pernambuco não chegou a sofrer com a crise, exceto aquela que lida com exportações, como a sucroalcooleira e a fruticultura do São Francisco. A construção civil está tendo um desenvolvimento extraordinário e deve crescer este ano entre 19% e 20%, acima da média histórica", comentou ontem o presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real.
Outro setor que vem se beneficiando com esses empreendimentos é o de eletrometalmecânica, com o fornecimento de estruturas metálicas. Em função disso, projeta-se um crescimento entre 4,5% e 5% no Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, acima do que deve registrar o Nordeste e o país. "Nãofosse a crise, estaríamos crescento até 8%", pontua Côrte Real.
Para 2010, o otimismo é maior ainda. "Será um ano inesquecível para os pernambucanos", afirma o governador Eduardo Campos. Para estimular o crescimento de outros segmentos, a Fiepe estuda mecanismos de incentivo para a indústria moveleira e a de calçados, como a desoneração na aquisição de insumos. No fim de novembro, o governo do estado enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei que reduz de 6% para 4% do recolhimento do ICMS na aquisição de insumos dos estados do Sul e Sudeste e ampliando para 95% o crédito presumido para empresas do Agreste.
Da redação - Diario de Pernambuco