Polo de Suape gera empregos

Três novos estaleiros podem estar a caminho. O governo estadual negocia com os consórcios Schahin/Modec, Alusa/Galvão e Construcap

 

A vocação de Suape é se tornar o mais importante cluster naval do Brasil. No Atlântico Sul estão sendo construídas 22 embarcações para a Transpetro, mais o casco da plataforma P-55 da Petrobras. E tem mais. Três novos estaleiros podem estar a caminho. O governo estadual negocia com os consórcios Schahin/Modec, Alusa/Galvão e Construcap. A confirmação deve sair até junho, com a licitação das sondas da Petrobras. Estaleiros são intensivos em mão de obra.

O projeto Suape Global veio para dar suporte a esta vocação. Foram reservados 300 hectares para agrupar empresas de petróleo, gás, naval e offshore, visando à transformação da área num polo global de bens e serviços. Nove empresas já confirmaram presença. A XCMG, por exemplo, vai fabricar tratores de terraplenagem, caminhões guindastes, motoniveladoras, rolos compactadores e escavadeiras hidráulicas. O investimento é de US$ 12 milhões (R$ 21,3 milhões), com criação de 150 empregos diretos, 150 indiretos e mais 60 vagas na construção da unidade.

Quase todas essas novas cadeias produtivas têm grande potencial de geração de empregos.

Até abril de 2011, a refinaria estará gerando 20 mil vagas. Estima-se que o polo petroquímico, com as plantas de PET, PTA e fios de poliéster, poderá gerar 150 mil empregos na indústria têxtil. Boa parte deve ficar em Pernambuco, porque as empresas vão querer estar próximas da fonte supridora.

"O polo petroquímico terá um rebatimento forte no polo de confecções do Agreste, impulsionando a interiorização do desenvolvimento", diz o secretário Fernando Bezerra Coelho. Aliás, os empreendimentos que vêm no rastro da petroquímica têm preferido ficar fora de Suape, como a Neotextil (Paulista) e a Unimetal (Timbaúba).

                                                                                                                                                                            Da redação do Diario de Pernambuco