Estaleiros do País têm novas regras de segurança

O renascimento da indústria naval brasileira demandou a atualização não só da tecnologia do setor, mas também de normas de segurança para o trabalhador. Ontem, a versão final do novo conjunto de regras, a Norma Regulatória 34 (NR-34), foi enviada para apreciação. Se aprovada, entrará em vigor em outubro e, a partir dali, em 90 dias poderá ser exigida das empresas, que estarão sujeitas a sanções.

A atividade, atualmente, emprega 80 mil pessoas no Brasil.

Desde janeiro de 2008 é feito um trabalho em conjunto por representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos e Central Única dos Trabalhadores (CNM/CUT). Eles discutiram regras e visitaram vários estaleiros, incluindo o Atlântico Sul, em Suape.

“A indústria naval teve vários ciclos. Um novo começou no fim dos anos 90. Mas o anterior, da década de 70, deixou um rastro de problemas, como a pneumoconiose – causada pelo jateamento de areia, que provocava a inalação de sílica pelos trabalhadores e a petrificação dos pulmões. Esse tipo de jateamento foi proibido no Brasil”, comenta o coordenador da comissão sobre Condições de Trabalho na Indústria Naval (CT Naval), Luiz Carlos Cumbreras.