Batavo/Perdigão amplia linha de produção

A Batavo/Perdigão, instalada em Bom Conselho, está ampliando sua linha de produção. Além de iorgurtes, a empresa passa a fabricar também o leite UHT. A ampliação da fábrica vai aumentar a demanda por leite junto aos produtores da região, que já fornecem cerca de 200 mil litros/dia (10% da produção do estado). O projeto foi um dos 26 na área industrial discutidos ontem na reunião do Condic. Juntos, esses empreendimentos representam investimentos de R$ 418,2 milhões com geração de 1.917 empregos.
 
Segundo o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, a demanda da Batavo/Perdigão vai passar de 200 mil para 600 mil litros de leite/dia com a ampliação, abocanhando 30% da produção. "O mais importante é que essa empresa funciona como âncora, regulando o preço do leite numa bacia que está em plena recuperação", disse, acrescentando que o litro do leite subiu de R$ 0,50 para R$ 0,70. Em contrapartida, o governo estaria investindo R$ 90 milhões na recuperação e pavimentação das estradas que compõem a Rota do Leite.
 
Dos 26 empreendimentos industriais apreciados ontem na reunião do Condic, 15 são novas indústrias, oito ampliações e três casos de isonomia, terceirização e manutenção do poder competitivo. Dos 15 projetos de implantação, dez estão localizados no Interior do estado, nos municípios de Bom Jardim, Goiana, Carpina, Ribeirão, Vitória de Santo Antão, Bom Conselho, Garanhuns, Serra Talhada e Timbaúba.
 
A maioria há havia sido anunciada, como a própia Batavo/Perdigão, a Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), em Goiana, e a Unifit (Timbaúba). Entre as novas estão a Efacec Energy, do setor de eletroeletrônica (Jaboatão) e a PG&A, de minerais não-metálicos (Cabo). Também foram aprovados quatro centrais de distribuição e cinco importadores atacadistas. Todos vão receber os incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe).
 
Desde 2007, o Condic já aprovou 470 projetos, sendo 306 industriais, com investimento superior a R$ 6,1 bilhões e mais de 35,2 mil empregos. Mais135 projetos foram aprovados pela Secretaria da Fazenda no âmbito de diversos programas. No cluster da Refinaria Abreu e Lima, por exemplo, entraram 29 empresas. No Prodeauto, voltado para o polo automotivo, foram mais 14 empresas, entre elas General Motors (por enquanto só com uma central de distribuição) e a Êxito/XCMG (montadora de máquinas pesadas).