A unidade de ácido tereftálico purificado (PTA) da PetroquímicaSuape está com 55% de execução. Os principais equipamentos já foram ou estão sendo montados, como o reator de oxidação, considerado o coração da planta, o compressor de ar, duas caldeiras e torres de destilação. Também há um avanço considerável na montagem das estruturas metálicas e tubulações. Das 6,5 mil pessoas que hoje trabalham no complexo petroquímico, cerca de 4,1 mil se dedicam ao PTA para que tudo esteja pronto em abril, para testes e comissionamento. Será a primeira fábrica da PetroquímicaSuape a entrar em operação, em julho de 2011.
 
Mas o que é mesmo esse tal de PTA? É um pó branco. Resulta do processo de oxidação do paraxileno (PX), um líquido incolor derivado da nafta, um dos subprodutos do petróleo. Desse processo surge uma espécie de lama que, depois de passar pela filtragem, hidrogenação, cristalização e secagem, vira o PTA. Esse pó branco é utilizado pela indústria têxtil e na produção de resina PET, matéria-prima das garrafas de plástico que conhecemos. Com ele também são produzidos insumos para pneus, filmes plásticos para embalagens e equipamentos elétricos. 
 
O detalhe é que, hoje, não há produção de PTA no Brasil. Todo o PTA é importado de países como México e Índia. Pois a PetroquímicaSuape, aqui em Pernambuco, vai produzir 700 mil toneladas por ano desse insumo, sendo 90% para consumo próprio nas unidades de PET e de polimerização. O restante vai para o mercado, podendo ser transportado por caminhão em big bags (sacos de uma tonelada), caminhão-silo ou através de contêineres. Dentro do complexo, o PTA será transferido da estocagem para silos intermediários por tubulação, num processo pneumático altamente sofisticado.
 
Já viu pó transportado em tubos? Difícil imaginar. Isso só será possível porque a tecnologia adotada na unidade de PTA é de primeiro mundo. "Adquirimos tecnologia da Invista (antiga Dupont Textiles, da Inglaterra), garantindo a segurança de todo o processo, nível elevado de automação e integração energética, minimizando perdas. Essa é uma planta de alta eficiência", explica o gerente geral de PTA e PET da PetroquímicaSuape, Edilberto Castro. Das últimas 10 plantas de PTA construídas no mundo, oito possuem tecnologia Invista.
 
Fundação - Na unidade de polimerização, a PetroquímicaSuape terá três linhas de produção - duas para PET e uma para produtos têxteis. Essa unidade ainda está em fase de fundação e as estruturas metálicas só começam em dezembro. A polimerização nada mais é do que a reação do PTA com o monoetileno glicol (MEG), matéria-prima que será adquirida pela empresa, assim como o PX. De lá sairão os polímeros para texturização (POY) e os polímeros sólidos em forma de chip, a chamada resina PET. O PET produzido na PetroquímicaSuape será todo vendido no mercado - 450 mil toneladas/ano.
 
Petroquímica Suape 
O que é
 Complexo petroquímico composto por 3 plantas: uma de ácido tereftálico purificado (PTA), outra de resina PET e uma terceira de polímeros e fios de poliéster
Área
 55 hectares
Empreendedor 
Petrobras Química S.A. (Petroquisa)
Investimento
R$ 4 bilhões
Empregos
Construção: atualmente 6,5 mil, número que deve subir para mais de 8 mil no pico das obras, previsto para novembro deste ano
Operação: 1,8 mil diretos - 60 já foram contratados através de concurso público
Alguns números da obra
5.500 toneladas de tubulação
94.000 metros cúbicos de concreto
26.000 toneladas de estruturas metálicas
1,4 milhão de metros de cabos elétricos
5.500 estacas
Cronograma
PTA - entra em operação em julho de 2011 
Polímeros e fios de poliéster - entra em operação em setembro de 2011. Duas das 64 máquinas previstas estão em pré-operação desde agosto
PET - entra em operação em novembro de 2001
Importância
Vai estruturar uma cadeia nacional de poliéster capaz de estimular o desenvolvimento de diversos segmentos como o de embalagens e o têxtil. Em operação, será o mais importante polo integrado de poliéster da América Latina e um dos maiores do mundo.
Produtos
PTA - 700 mil toneladas/ano 
Resina PET - 450 mil toneladas/ano 
Polímeros (chip têxtil) - 55 mil toneladas/ano 
Fios parcialmente orientados (POY) - 86 mil tonaladas/ano 
Fios texturizados (DTY) - 85 mil toneladas/ano 
Fios totalmente traçados (FDY) - 14 mil toneladas/ano
 
PetroquímicaSuape a todo vapor, com equipamentos em montagem
27/05/2011
                        
     
             
                     
                 
                